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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

The Omen (1976)

"O Génio do Mal" de Richard Donner com Gregory Peck, Lee Remick, Harvey Stephens, David Warner, Billie Whitelaw, Patrick Troughton, Martin Benson, Holly Palance & Leo McKern.

Quando o Embaixador Americano em Roma, Robert Thorn (Gregory Peck) recebe no hospital a notícia do Padre Spiletto (Martin Benson) que a sua mulher Katherine (Lee Remick) deu à luz um primogénito morto, é-lhe dada a chance de adoptar um bebé de mãe desconhecida, nascido à mesma hora, como forma de aliviar a tragédia. Omitindo a troca da mulher, Robert é destacado nas suas funções para Londres, iniciando uma vida feliz a três. Tudo muda, quando no quinto aniversário do pequeno Damien Thorn (Harvey Stephens), a sua ama (Holly Palance) se suicida em circunstâncias estranhas. Ao mesmo tempo que uma misteriosa mulher Mrs.Baylock (Billie Whitelaw) se apresenta ao serviço como a nova ama de Damien, um alucinado padre de nome Brennan (Patrick Troughton) começa a perseguir o Embaixador com mensagens Bíblicas sobre o Apocalipse e o nascimento do Anticristo que irá reinar na Terra. Julgando-o louco, Robert ignora-o, mas quando diversos incidentes fora do normal começam a assolar a sua harmonia familiar e um paparazzo, Jennings (David Warner) o procura para o confrontar sobre a proveniência de algo sobrenatural nas fotografias que tirou a quem convive com o Embaixador, este inicia uma investigação a fundo sobre a conspiração que está por detrás do nascimento da criança e a sua razão de vir ao Mundo...



À 6ª hora, do 6º dia, do 6º mês...

Roman Polanski abriu a polémica do tema com o clássico "Rosemary's Baby" ('68); o grande sucesso do "The Exorcist" ('73) de William Friedkin, apresentado em modo de choque para as audiências da altura, confirmou que os dramas de horror em torno da premise do Diabo, 



Gregory Peck como o Embaixador Robert Thorn

seriam um novo filão a explorar no mundo do cinema, especialmente na entrada para os anos 70 em que o género tomaria um rumo mais sério e pesadão.








Lee Remick como Katherine Thorn



Richard Donner, aqui na sua terceira longa-metragem para cinema, une o melhor de ambos os filmes e apresenta-nos "The Omen", um extraordinário thriller de suspense, segundo um criativo e dinâmico guião de David Seltzer abordando o tema do nascimento do Anticristo na Terra como profetizado na Bíblia, na pele do aparentemente inocente, Damien Thorn. 






Harvey Stephens como Damien Thorn

O estilo visual de Donner co-adjuvado pelo cinematógrafo Gilbert Taylor, transmite um ambiente arrepiante único de inquietação num pendor mais Euro-Horror do que americano, 







Patrick Troughton como Padre Brennan

injectando um clima de mistério e algo surrealista, sem nunca recorrerem a estratégias baratas de transformarem um drama sério em mais um filme de terror exagerado e caricatural, limitando ao mínimo a presença do sobrenatural na película, para que assim Damien seja visto como uma ameaça humana. 





O extraordinário elenco cumpre com performances em completa sintonia com o tom da película, destacando-se o sempre sóbrio Gregory Peck, num papel algo semelhante ao seu de "Cape Fear" ('62) um clássico sobre a paranóia urbana com Robert Mitchum na pele da ameaça, 




que assume a protagonização como o atormentado Embaixador Robert Thorn, depois de William Holden recusar o papel devido à controvérsia do tema, acabando por mudar de ideias após o sucesso do filme e participar na sequela. 




Billie Whitelaw como Mrs.Baylock

Lee Remick está muito bem como a esposa dedicada ao marido e a perfeita dona de casa que começa a sentir que algo não está certo em relação ao comportamento do filho, mas é devido aos secundários Billie Whitelaw como a "ama do inferno" e o pequeno Harvey Stephens de 5 anos como Damien Thorn que "The Omen" deixa a sua marca profunda, criando dois dos personagens mais assustadores da história do cinema de horror. 




Donner & Taylor filmam com mestria por intermédio de "close-ups" e através da parca iluminação e do recurso a sombras, as feições peculiares da actriz inglesa que nos entrega um performance que tanto tem de decidida e intimidante como de envolvente e assustadora. 




Holly Palance como a primeira ama de Damien

Os artifícios usados por Donner para extrair do pequeno Harvey Stephens a sua subtil, mas diabólica interpretação, é direcção de actores no seu melhor e é notório aqui a razão do sucesso da carreira posterior do realizador. 







Holly Palance, a filha do malogrado actor de personagens-tipo Jack Palance, participa num pequeno papel como a primeira ama de Damien, cujo seu trágico final é um dos momentos mais empolgantes do filme. 





Destaque para todo o exímio trabalho dos treinadores e tratadores dos animais no "set" (ambas as sequências em que Katherine Thorn leva o pequeno Damien ao Zoo e Robert Thorn com Jennings no velho cemitério cercados pelos cães do inferno são geniais) 







e a mestria na encenação de Donner, especialmente na famosa cena de decapitação do paparazzo Jennings, interpretado pelo inglês David Warner, 






que envolveu o recurso a 5 câmaras em simultâneo e pelas maravilhas da edição de imagem, foi transposto para o ecrã uma das mais inesquecíveis e assombrosas mortes em cena de sempre, cujo próprio Warner se recusou a assistir, devido à vertente demasiado realista da coisa. 




Por último, mas não menos importante, a fabulosa e portentosa trilha sonora de Jerry Goldsmith, que venceu o único Oscar de 17 nomeações, oferece-nos a melodia sinistra perfeita para encaixar no estado de espírito do filme, cujo grande sucesso do mesmo se deve em grande parte à composição musical deste grande maestro bastante subestimado pela Academia. 





"The Omen" foi um estrondoso êxito de bilheteiras em '76, tornando-se o quinto filme mais popular do ano e o maior sucesso até à data do Estúdio 20th Century Fox que produziu mais duas, embora não tão bem sucedidas, sequelas. Foi nomeado em '77 para diversos prémios, incluindo o Golden Globe de Melhor Estreia em Cinema para Harvey Stephens e o BAFTA de Melhor Actriz Secundária para Billie Whitelaw.













Em suma, "The Omen" é uma obra dantesca, visualmente impressionante e inteligentemente contida, proporcionando um filme pesado, mas apelativo ao mesmo tempo, sem nunca entrar demasiado em divagações profundas que possam aludir ou questionar dogmas, prejudicando assim o ritmo e o lado de entretenimento do filme. 



Um dos melhores filmes de terror e suspense já feitos que deu origem, e para além das duas sequelas directas e o telefilme "Omen IV - The Awakening" ('91), a um desastroso remake em '06 que deve ser evitado como a Peste Negra...



Género: Horror / Mistério / Thriller / Drama. 

Fotografia: Côr.

País: Inglaterra / E.U.A.

Duração: 111 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=vVK42hD9IaY

Classificação: 10/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Maximum Overdrive (1986)

"Potência Máxima" de Stephen King com Emilio Estevez, Laura Harrington, Yeardley Smith, John Short, J.C.Quinn, Ellen McElduff, Christopher Murney, Frankie Faison, Giancarlo Esposito, Stephen King, Leon Rippy & Pat Hingle.

No dia 19 de Julho de 1987, durante a passagem do cometa Rea-M pela órbita da Terra, todas as máquinas ganham vida dispostas a aterrorizarem os seus criadores humanos. Um pequeno grupo de pessoas, incluindo o jovem cozinheiro Bill Robinson (Emilio Estevez), barricados num restaurante à beira da estrada em Wilmington na Carolina do Norte, cercados por ferozes camiões-cisterna que os pretendem aniquilar, tentam congeminar um modo de pôr fim à revolta das máquinas antes que as mesmas os destruam a eles...





Com o sucesso comercial obtido pelas adaptações das suas novelas ao cinema como "Carrie" ('76); "The Shining" ('80) ou "Christine" ('83), Stephen King resolveu aventurar-se pelo mundo da realização, 




arranjando financiamento através do Estúdio DEG do produtor italiano Dino De Laurentiis para levar ao grande ecrã a sua pequena história "Trucks" incluída na antologia "Night Shift", transformada aqui em longa-metragem através de um guião do próprio King. 





Se como escritor, Stephen King é um dos mais emblemáticos do género horror e suspense do século XX, como realizador deixa muito a desejar e "Maximum Overdrive" é a prova viva disso. 









Emilio Estevez como Bill Robinson

Afastando-se do lado mais sério da sua pequena história, King optou por uma abordagem mais ligeira e extrovertida dando um ambiente de quase paródia ao conjunto, tentando evocar um lado de horror mais "cheesy", mas que infelizmente não resultou aqui. 










O enredo, reciclado de "Night of the Living Dead" ('68), limita-se a encher a duração do filme com situações pouco inspiradas que em nada avançam uma trama que já por ela própria não tem muito para onde ir; a direcção de actores é medíocre, com as próprias máquinas a terem mais desenvolvimento como personagens e carisma próprio do que todo o conjunto de humanos que actuam no filme em modo sonâmbulo; 





a pouco competente edição de imagem faz certas sequências prolongarem-se para sempre, dando um ritmo algo enfadonho à obra e a grande maioria dos diálogos são simplesmente terríveis e um embaraço se comparados aos trabalhos literários do autor. 




Contudo, alguma eficácia na encenação; um bom trabalho de câmara em algumas sequências e um certo lado satírico aliado às doses de humor negro medianamente introduzidas no conjunto, pendem a favor de King como realizador, caso aprimore o lado da direcção de actores e sobretudo, se filmar um bom guião. 




O fracasso crítico e comercial de "Maximum Overdrive" levou Stephen King a se remeter unicamente para a escrita e nunca mais tentar a sorte na cadeira do realizador, admitindo mais tarde ter dirigido o filme aquando o seu vício em cocaína e nem se lembrar das filmagens do mesmo.



Bubba (Pat Hingle), Bill & Brett (Laura Harrington)

Emilio Estevez, repete um género de personagem que desempenhou em "Nightmares" ('83); "Repo Man" ('84) ou "That Was Then... This Is Now" ('85), não acrescentando nada de novo e limitando-se a actuar no filme como se estivesse contractualmente obrigado a fazê-lo; o veterano Pat Hingle vai ao cúmulo do exagero caricatural como Bubba Hendershot, o desprezível dono do restaurante, cujo personagem tem um final à altura e o restante elenco, repleto de ilustres desconhecidos, fazem um concurso de qual deles entrega uma pior performance. 




Cameo de Stephen King

Stephen King, e como é habitual nos filmes baseados nas suas obras, participa num pequeno cameo, desta vez logo ao início do filme como o homem na caixa do Multibanco.





Uma das mais-valias de "Maximum Overdrive" é o conjunto de camiões utilizados para desempenharem as máquinas que ganham vida, destacando-se o White-Western Star 4800 com a máscara do Green Goblin, o arqui-inimigo de Spider-Man, colocado no pára-choques do camião, sendo a maioria deles gratuitamente destruídos para o filme.




A trilha sonora foi entregue à banda favorita de Stephen King, os reis do hard rock australiano AC / DC, cujo álbum "Who Made Who" foi lançado em Março de '86 como banda sonora deste filme, contendo os êxitos "You Shook Me All Night Long", "Hells Bells" e a "Who Made Who" que lhe deu o título.




A título de curiosidade, o óbvio amadorismo como realizador de Stephen King e o facto de estar fora de si durante a rodagem, resultou em diversos acidentes no set com o mais grave a originar a perda de um olho ao cinematógrafo Armando Nannuzzi que processou King posteriormente.






"Maximum Overdrive" foi nomeado para 2 Razzies em '87 nas categorias de Pior Realizador para King e Pior Actor para Emilio Estevez, mas foi considerado para Melhor Filme de Ficção Científica ou Fantasia no Fantasporto em '88.




Em suma, este foi um filme financiado para aprazer o ego de um dos escritores mais em alta na altura, mas que se não se saiu à altura do próprio desafio. 






Fãs incondicionais dos anos 80 poderão ter curiosidade em assistir a esta miscelânea de comédia, acção, ficção científica, horror, fantasia e que ainda dá toques aos filmes-catástrofes característicos da década de 70 como "Earthquake" ('74),





mas o conjunto é tão mal dirigido e editado que se resume a uma trapalhada espalhafatosa de filme que em certas partes relembra outro megalómano fracasso comercial que foi o "1941" ('79) de Steven Spielberg.



Género: Ficção Científica / Acção / Horror / Comédia. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 97 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=ggWS4tTzs60

Videoclip: http://www.youtube.com/watch?v=PiZHNw1MtzI

Classificação: 6/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.


sábado, 26 de outubro de 2013

Evil Dead III - Army of Darkness (1992)

"O Exército das Trevas" de Sam Raimi com Bruce Campbell, Embeth Davidtz, Marcus Gilbert, Ian Abercrombie, Richard Grove, Timothy Patrick Quill, Michael Earl Reid, Patricia Tallman, Theodore Raimi, Bill Moseley & Bridget Fonda.

Quando Ashley "Ash" J.Williams (Bruce Campbell), um empregado de balcão dos armazéns S-Mart, viaja para uma cabana isolada nas montanhas com a sua namorada Linda (Bridget Fonda), estava longe de imaginar que iria para o local de pesquisa de um eminente arqueólogo ao secular "Necronomicon", o Livro dos Mortos, feito de carne humana e escrito com sangue e repleto pelas suas páginas de ritos fúnebres e encantos Sumérios que libertam o mal da floresta circundante, possuindo Linda e abrindo uma espiral no tempo que transportam "Ash" e o seu Oldsmobile de '73 para uma Inglaterra Medieval durante a Idade das Trevas. Capturado por Lord Arthur (Marcus Gilbert) e o seu exército que o confunde com um dos homens de Sir Henry (Richard Grove), um nobre de um Clã rival com quem estão em guerra, é lançado ao fosso no interior do castelo para uma morte dolorosa, mas depois de auxiliado pelo Sábio (Ian Abercrombie) que lhe lança a inseparável moto-serra, "Ash" derrota a criatura das profundezas e ganha o respeito de todos, incluindo da bela Sheila (Embeth Davidtz) por quem se começa a sentir atraído. 



Bruce Campbell regressa como "Ash" Williams

Para poder voltar ao seu tempo, "Ash" necessita de reaver o Necronomicon situado num cemitério sombrio, mas o Sábio previne-o que terá de proferir três palavras de encantamento antes de o remover, a que o nosso inconsciente herói relutante acaba por esquecer, libertando assim uma horda do Mal nunca antes vista na região. Com o castelo ameaçado e a sua apaixonada Sheila raptada por um monstro alado, "Ash" terá de aplicar todo o seu conhecimento do século XX para treinar os soldados em número inferior contra o portentoso e imparável Exército das Trevas...





Depois do sucesso financeiro de "Darkman" ('90), a Universal Pictures deu carta branca ao inventivo realizador Sam Raimi para desenvolver um terceiro capítulo da saga "Evil Dead", novamente financiada pelo produtor italiano Dino Di Laurentiis, 





satisfeito com os ganhos obtidos por "Evil Dead II - Dead by Dawn" ('87) especialmente no mercado vídeo onde se tornou um filme-de-culto, voltando a reunir a sua equipa vencedora constituída pelo produtor Robert G.Tapert; 






o compositor Joseph LoDuca e o co-produtor e protagonista Bruce Campbell que retorna ao icónico papel de "Ash", o herói relutante munido de uma moto-serra no lugar da mão e uma espingarda de canos serrados, 




desta vez transportado da cabana pela Forças do Mal para uma Inglaterra Medieval onde irá defrontar um temível Exército das Trevas. 












O guião de Sam Raimi, desta vez sem Scott Spiegel, mas escrito em parceria com o irmão Ivan, incide ainda mais na paródia e comédia negra do que o antecessor, aliado a um espírito de fantasia e aventuras em que o realizador presta inteligentemente diversas homenagens a clássicos do género. 




Inspirando-se em obras literárias como "Um Americano na Corte do Rei Artur" escrita por Mark Twain em 1889 e "As Viagens de Gulliver" de Jonathan Swift, publicado em 1726, 







juntando-se-lhes o saudoso cinema da técnica "stop-motion" do pioneiro do género Ray Harryhausen como "The Seventh Voyage of Sinbad" ('58); "Jason and the Argonauts" ('63); "The Golden Voyage of Sinbad" ('73) ou "Clash of the Titans" ('81) 





e regado pela comédia arlequinada dos "The Three Stooges" e o resultado é uma emocionante e horrificamente hilariante obra de sentida admiração a todo o universo do série-B, onde Raimi se iniciou com o primeiro capítulo da saga e nunca esquecendo as suas origens. 




Uma vez mais toda a encenação é um delírio criativo e levada ainda mais ao extremo do exagero como se uma banda desenhada ganhasse vida,







com o trabalho de câmara virtuoso e dinâmico de Raimi auxiliado pelo cinematógrafo Bill Pope e a enérgica edição de imagem supervisionada pelo realizador, 





a imporem um ritmo alucinante ao filme como se uma viagem empolgante num comboio-fantasma de alguma Feira dos Horrores se tratasse. 









Os efeitos visuais a cargo de William Mesa rebuscam os clássicos em "stop-motion" de Harryhausen, autênticas pérolas do passado e que tenta falta fazem ao cinema nos dias de hoje 







e toda a caracterização dos "Deadites" (termo utilizado para os demónios ou humanos possuídos por espíritos malignos em toda a saga "Evil Dead") mantêm-se fiel aos filmes anteriores, apesar do orçamento maior, não criando assim qualquer discrepância a nível visual. 





Tal como o filme anterior, Raimi optou por re-filmar novamente no epílogo a chegada de "Ash" e Linda à cabana e o seu primeiro contacto com o Necronomicon que despoletaria todo o Mal ao seu redor, para que "Army of Darkness" possa ser visto tanto como uma sequela ou como uma obra autónoma. 



"Ash" & Sheila (Embeth Davidtz)

Bruce Campbell regressa muito mais arrogante e machista do que o seu "Ash" de "Evil Dead II - Dead by Dawn", mas providencia na mesma com todo o seu carisma e os peculiares maneirismos do herói relutante tornado anti-herói,






momentos de acção hilariantes, exigindo nesta sequela um maior talento do actor para a parte da comédia física e a preparação necessária para as exaustivas sequências de luta, que em ambos os casos Campbell se sai na perfeição.






Linda (Bridget Fonda)

Embeth Davidtz, aqui um ano antes de "Schindler's List" ('93), é uma competente donzela em apuros e Bridget Fonda surge num curtíssimo cameo sem diálogos como Linda, a namorada de "Ash", sucedendo assim a Betsy Baker do primeiro filme e a Denise Bixler do segundo. 




Lord Arthur (Marcus Gilbert)



Marcus Gilbert, cuja semelhança com o malogrado actor de culto do série-B John Phillip Law é notória, interpreta Lord Arthur, numa subtil referência de Raimi a um dos clássicos em que o filme presta homenagem: "The Golden Voyage of Sinbad". 





Aldeão (Ted Raimi)




O irmão mais novo e presença habitual nos seus filmes, Theodore Raimi e Bill Moseley de "Texas Chainsaw Massacre 2" ('86) ou "The Devil's Rejects" ('05) contribuem com pequenas participações. 







Em suma, "Army of Darkness" dividiu os fãs dos dois primeiros filmes, pois "The Evil Dead" ('81) manteve a sua seriedade como filme de terror, apesar de perspicaz na introdução de pequenas doses de humor negro que seriam exploradas no filme seguinte; 






"Evil Dead II - Dead by Dawn" subiu a fasquia da comédia negra, mas conseguiu equilibrar bem os dois mundos, mantendo a atmosfera horripilante do original e finalmente com este terceiro filme, Raimi, Campbell e companhia ousaram ser diferentes ao transportar a acção da cabana da floresta para a época Medieval em que "Ash", tornado um cavaleiro de armadura fora do seu tempo, combate uma horda milenar de inimigos ao serviço do Demónio num ambiente extrovertido de aventura e fantasia, afastando-se assim do clima inquietante de horror da obra original. 





Aprecie-se (ou não) esse estado de espírito mais espirituoso de "Army of Darkness" como filme independente dos outros ou como parte da saga "Evil Dead", o que é certo é que esta obra é fruto de uma fantástica imaginação. Altamente recomendado!!




Género: Aventura / Fantasia / Comédia / Horror. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 81 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=4vvJCg2JsIc

Classificação: 9/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.
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