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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Maniac Cop 2 (1990)

"Polícia Maníaco 2" de William Lustig com Robert Davi, Claudia Christian, Michael Lerner, Bruce Campbell, Laurene Landon, Clarence Williams III, Leo Rossi, Lou Bonacki, Charles Napier, Danny Trejo, Frank Pesce, Sam Raimi, Marco Rodríguez & Robert Z'Dar.

Depois dos eventos do primeiro filme, os agentes sobreviventes Jack Forrest (Bruce Campbell) e Theresa Mallory (Laurene Landon) encontram-se na psiquiatria do Departamento, pois o Comissário Doyle (Michael Lerner) não acredita na história que o assassino em série que aterrorizou Nova Iorque vestido com um uniforme da polícia fosse Matt Cordell (Robert Z'Dar), aparentemente assassinado enquanto cumpria pena na Penitenciária de Sing Sing. Quando Forrest e Theresa são encontrados mortos, a psiquiatra Susan Riley (Claudia Christian) une forças com o detective Sean McKinney (Robert Davi) na perseguição ao psicopata que secretamente se uniu com outro assassino em série de nome Turkell (Leo Rossi) que mata jovens bailarinas de strip-tease, no intuito de voltar a Sing-Sing para ajustar contas antigas. Conseguirão a doutora Riley e o detective McKinney deter de vez o imparável Polícia Maníaco?





Sequela / remake de "Maniac Cop" ('88) novamente dirigido por William Lustig e escrito e produzido por Larry Cohen, "Maniac Cop 2" funciona do mesmo modo que "Evil Dead II" ('87) é para "Evil Dead" ('82) ou seja, não é propriamente um remake, pois os personagens sobreviventes neste filme fazem referência a eventos do primeiro, 




Robert Z'Dar regressa como Matt Cordell

nem propriamente uma sequela, pois além de não trazer nada de novo à trama, a estrutura da narrativa, certos personagens e situações são idênticas ao original, apenas encenadas e com o ambiente em geral, de modo diferente. 









"Maniac Cop 2" tem novamente um protagonista que perdeu o parceiro à pouco tempo; a existência de um cúmplice para Cordell; o massacre na esquadra da polícia e o regresso dos actores do primeiro filme com alguns interpretando os mesmos papéis: 








Leo Rossi como Turkell, o psicopata

Bruce Campbell, Laurene Landon ou Lou Bonacki; outros papéis diferentes: Frank Pesce ou Leo Rossi, mostrando-nos novamente em flashback o incidente com outros reclusos que aparentemente tiraram a vida a Matt Cordell. 









A diferença principal entre o original e a sequela reside na diferença do ambiente, se o primeiro filme era um thriller de mistério com toques de "giallo", combinando perfeitamente o horror "slasher" e o humor negro que o tornou um dos melhores do "entra e desata a cortar" dos anos 80, 








este segundo filme é o genérico policial de acção com "slasher" pelo meio, mas verdadeiramente pouco inspirado, não indo muito além da qualidade de um rotineiro filme directo para vídeo e inclusive, visualmente parece muito mais barato que o original. 







Marco Rodríguez

Filmado no final de 80, Lustig e Cohen piscam aqui o olho a algumas das obras que marcaram a década, incluindo a cena inicial do Polícia Maníaco contra o actor de personagens-tipo Marco Rodríguez na loja de conveniência, numa clara referência a "Cobra" ('86) com Sylvester Stallone








e o massacre na esquadra da polícia em ecos do "The Terminator" ('84) com Arnold Schwarzenegger,













e ainda a cena final rebuscada de "Halloween II" ('81) admitindo assim a influência de Michael Myers, criado por John Carpenter e Debra Hill em '78 na criação de Matt Cordell, o Polícia Maníaco. 








Robert Davi como o Detective Sean McKinney

O cool e enigmático Robert Davi ("The Goonies" de '85; "Die Hard" de '88 ou "Predator 2" de '90) sucede a Tom Atkins na protagonização ao lado da bela Claudia Christian ("The Hidden" de '87 e da série "Babylon 5")







Theresa (Laurene Landon) & Jack (Bruce Campbell)

e a presença de cameos de Bruce Campbell, Laurene Landon, Sam Raimi entre outros que regressam de "Maniac Cop" e o imponente Robert Z'Dar, novamente na pele de Cordell.








Em suma, "Maniac Cop 2" é uma versão videojogo e muito menos cuidada do primeiro filme, concentrando-se mais na acção e na violência exagerada do que criar um ambiente sombrio eficaz como o antecessor. 















Susan Riley (Claudia Christian)

Não sendo por isso um mau filme e pela curta duração que não nos faz entrar no tédio, cumpre como filme de entretenimento para escape ao quotidiano, mas se comparado com o antecessor fica muito aquém em qualidade.








Género: Acção / Crime / Horror.  

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 83 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=0QDIK6zkSTo

Classificação: 6/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.


Maniac Cop (1988)

"Polícia Maníaco - A Vingança" de William Lustig (& Sam Raimi) com Tom Atkins, Bruce Campbell, Laurene Landon, Richard Roundtree, William Smith, Sheree North, Jill Gatsby, Leo Rossi, Ken Lerner, Lou Bonacki, Jake LaMotta, Sam Raimi, George "Buck" Flower, Frank Pesce, William Lustig & Robert Z'Dar.

Sem motivo aparente, várias vítimas inocentes começam a ser chacinadas à noite pelas ruas de Nova Iorque. Testemunhas clamam que é um homem alto vestido com o uniforme da polícia o autor de tão bárbaros crimes o que a maioria do Departamento Policial duvida, excepto o tenente Frank McCrae (Tom Atkins) que fica encarregue da investigação. Pistas levam na direcção do jovem polícia Jack Forrest (Bruce Campbell) actualmente em terapia conjugal e que tem um caso amoroso com a colega Theresa Mallory (Laurene Landon) e quando a sua mulher é vítima do polícia maníaco, Jack é preso como suspeito de ser o assassino em série que aterroriza a cidade. A detenção de Jack acalma o Mayor (Ken Lerner) no sentido de dar um culpado à população para ser reeleito, mas McCrae acha que o culpado é outro e no decorrer da sua investigação, chega ao nome de Matt Cordell (Robert Z'Dar), 





um outrora incorruptível polícia que levava o seu trabalho demasiado a sério e foi vítima do ganancioso Mayor em parceria com o Comissário Pike (Richard Roundtree) que o enviaram para Sing-Sing, uma penitenciária de alta segurança repleta de prisioneiros capturados pelo próprio Cordell. 







Toda a informação disponível indica que Matt Cordell foi assassinado na prisão, mas será que este morreu mesmo? Ou anda outro assassino em série à solta?





Quando se revêm listas dos assassinos psicopatas imparáveis mais lendários do cinema, os nomes de Leatherface, Michael Myers, Jason Voorhees, Freddy Krueger ou Chucky saltam logo à cabeça, mas muito raramente 






O Polícia Maníaco...

(exceptuando em listas de verdadeiros fãs do género) o nome de Matt Cordell, mais conhecido pelo Maniac Cop, é referido, o que é bastante injusto, pois este assassino em série em particular, revelado ao mundo em '88, é certamente, um dos mais brutos e enigmáticos e merecedor de figurar ao lado dos acima referidos. 






"Maniac Cop" é uma união de estilos distintos, se por um lado o director William Lustig, cineasta do série-B e do cinema "exploitation" que nos deu a outra face da moeda no que diz respeito a filmes sobre assassinos em série com "Maniac" ('80) ou o "revenge flick" reciclado de um "Death Wish", "Vigilante" ('83)), especialista num cinema mais sério e sórdido envolvido em ambiente soturno,








por outro o guionista Larry Cohen (realizador do "The Ambulance" de '90), criador de um horror mais extrovertido, exagerado e caricatural e sobretudo cheio de humor negro.













Sally Noland (Sheree North)

Juntando-se-lhes o criativo Sam Raimi, responsável pela trilogia "Evil Dead", realizador bastante inovador pelo seu estilo peculiar de planos de câmara e encenação, que co-realizou algumas cenas apesar de não estar creditado, e o resultado final é um filho digno de três pais tão díspares. 







"Maniac Cop" é assim um thriller de acção sombrio, visualmente pálido e granulado que lhe dá o tom realista a fazer lembrar as obras dos anos 70 de uma Nova Iorque fora de horas tão bem retratada nos filmes de culto de um William Friedkin, Scorsese ou Paul Schrader 






Espancado brutalmente na Penitenciária de Sing-Sing

ou todo o série-B de "exploitation" italiano parcialmente gravado nas ruas de Nova Iorque, ao mesmo tempo que nos oferece um lado espirituoso e exagerado com uma narrativa fácil de seguir e apelativa ao bom jeito do "entra e desata a cortar" de um típico "horror slasher" dos anos 80. 





Capitão Ripley (William Smith)

Homenageia também o célebre "giallo" italiano na inclusão do suspense e mistério acerca de quem é o assassino, introduzindo os diversos bodes expiatórios na trama.









Frank McCrae (Tom Atkins)

O elenco é fenomenal, recheado de diversas caras conhecidas e autênticos ícones de culto do série-B como Tom Atkins (John Carpenter's "The Fog" de '80 ou "Escape from New York" de '81);








Agente Forrest (Bruce Campbell)

Bruce Campbell (o célebre Ash da trilogia "Evil Dead"); William Smith (o pai de Conan em "Conan the Barbarian" de '82 ou o polícia perseguidor de Mickey Rourke em "Rumble Fish" de '83); 












Comissário Pike (Richard Roundtree)

Richard Roundtree (o homem por detrás do lendário blaxploitation "Shaft" de '71); o sempre odioso Leo Rossi ("The Accused" de '88) 














e Robert Z'Dar ("Cherry 2000" de '87 ou "Tango & Cash" de '89) na pele do vingativo e imparável Matt Cordell. 










Cameo do realizador Sam Raimi

A não perder também os cameos dos realizadores William Lustig e Sam Raimi, bem como do lendário boxeur Jake LaMotta (que Robert De Niro interpretou em "Raging Bull" de '80) e do actor de personagens-tipo George "Buck" Flower (que tal como Tom Atkins é habitual colaborador dos filmes de John Carpenter). 






O protagonismo é dividido por um sólido Tom Atkins cujo destino do seu personagem é pouco usual para um actor principal e Bruce Campbell em modo Ash de "Evil Dead" ('82) encontra Renaldo the Heel de "Crimewave" ('85), um pouco menos canastrão do que no papel que lhe deu a fama, mas mesmo assim eficiente e no que se espera de um desempenho seu. 





Robert Z'Dar como Matt Cordell

Robert Z'Dar é excelente escolha de elenco, incorporando um gigantesco e disforme Matt Cordell com a precisão e malvadez necessária para o papel. 











Em suma, "Maniac Cop" introduziu uma nova "franchise" no cinema que se prolongou por mais duas sequelas, e que embora não tendo o mesmo tipo de ambiente do original, também não o envergonham.










Esquecido actualmente por muitos, esta obra de William Lustig merece o seu lugar ao sol na lista dos "slashers" intemporais saídos da década de 80, 













pois aventurou-se a ser mais do que apenas um típico e rotineiro do sub-género, alargando-se para outros estilos e saindo-se vencedor.











Não sendo obviamente um filme para Oscars ou outros prémios é recomendado somente para fãs do cinema mais obscuro e realista dos anos 70, fundido com o entretenimento dos "slashers" ao velho jeito de "Friday the 13th" ou "Halloween".





Género: Thriller / Acção / Horror. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 91 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=YyZYBH49ekg

Classificação: 8/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Death Valley (1982)

"O Vale das Sombras" de Dick Richards com Paul Le Mat, Catherine Hicks, Peter Billingsley, Wilford Brimley, Stephen McHattie, Jack O'Leary, Gina Christian & Edward Herrmann.

Sally (Catherine Hicks), uma recém-divorciada parte para o Arizona com o filho pequeno Billy (Peter Billingsley) para se juntar ao novo namorado dos tempos do liceu, Mike (Paul Le Mat) que lhes promete uma "road-trip" até Death Valley, um dos locais mais famosos do Estado. Pelo caminho, ao pararem para admirar a paisagem do desfiladeiro, Billy afasta-se e encontra uma roulotte aparentemente abandonada, achando um peculiar fio decorativo. Mais tarde, ao pararem para comer, Billy repara que Hal (Stephen McHattie), o empregado local ostenta um fio idêntico e ao fazerem-se de novo à estrada descobrem que a roullote foi encontrada com os corpos de 3 adolescentes degolados. Mike e Sally contam ao Xerife (Wilford Brimley) tudo o que sabem, mas quando Billy entrega o fio encontrado horas atrás e menciona ter visto um idêntico, não sabe que terá que lutar pela própria vida, pois o assassino em série ao saber da testemunha lançar-se-à numa perseguição implacável pelas estradas do deserto no intuito de o silenciar...



Billy (Peter Billingsley)

Filmado no Outono de '80 e estreado somente em '82 sem grande promoção da parte do estúdio, "Death Valley" levou poucos espectadores ao cinema, caindo quase de imediato no esquecimento geral, talvez pelo motivo de ter sido catalogado como "horror slasher", 





Mike (Paul Le Mat) & Sally (Catherine Hicks)



género em voga na altura, quando de facto não passa de um thriller rotineiro, parte drama, parte "road-movie". Dirigido por Dick Richards ("Farewell My Lovely" de '75) partindo de um tarefeiro argumento de Richard Rothstein, 








"Death Valley" é uma trapalhada de filme que apesar do uso de uma excelente cinematografia no total desperdício de talento do grande Stephen H.Burum, não vai muito além da mediocridade do produto final. 











No I Acto somos confrontados com a típica história melodramática de uma criança vítima do divórcio dos pais e o seu relacionamento com o novo namorado da mãe, ao mesmo tempo que o filme nos apresenta um autêntico roteiro turístico da monumental Death Valley, como se um video de promoção se tratasse. 





Para o meio disso, é atirado ao acaso a história de um assassino em série que degola viajantes incautos à anos sem nunca ter sido capturado e apesar de o pequeno ter achado um fio que não prova exactamente nada é, segundo o guionista, o suficiente para dar motor à trama de o psicopata o querer silenciar e ocupar os restantes 45 minutos de filme. 





Como "slasher" as baixas são tão poucas, com muitas delas ocorridas "off camera" que nem pode ser considerado um primo afastado desse sub-género; como drama soa a um episódio qualquer de uma série de TV pirosa e lamechas e como thriller não passa de fumo sem fogo, não criando qualquer tipo de atmosfera que possa deixar o espectador inquieto. 






Quanto à montagem do filme parece ter sido editado por algum amador que não tem qualquer noção de ritmo, entregando-nos cenas totalmente insípidas que se prolongam para sempre e uma narrativa tão lenta e arrastada que ao invés de criar emoção e adrenalina no espectador, oferece-lhe antes um comprimido para dormir. 






No capítulo dos desempenhos, Paul Le Mat (vindo dos clássicos de culto "American Graffiti" de '73 e "Melvin and Howard" de '80) no início do fim da sua carreira, protagoniza num papel ingrato que pouco lhe dá que fazer e nem a beleza e o sorriso atractivo de Catherine Hicks ("Peggy Sue Got Married" de '86) consegue salvar o casal da monotonia completa.




Xerife (Wilford Brimley)

A título positivo, Hicks treinou aqui o papel de mãe que desenvolveria e de modo mais sólido no grande "Child's Play" ('88) interpretando a mãe do pequeno Alex que lhe oferece um peculiar boneco diabólico. Wilford Brimley e Edward Herrmann participam em pequenos cameos em modo cabotino; 




Hal (Stephen McHattie)

o pobre Stephen McHattie tenta por tudo entregar-nos uma boa performance, mas o que lhe é pedido para fazer como vilão é tão ridículo e sem nexo que se torna um embaraço e finalmente Peter Billingsley, na sua estreia em cinema, rouba o filme como o pequeno perspicaz Billy. 







Cerca de mais de metade desta obra é somente a desenvolver o seu personagem e caso o seu desempenho fosse mau, ultrapassaria ainda mais o desastre (que "Death Valley" já é) para algo totalmente catastrófico. A reviravolta final já era previsível para '82, se vista hoje em dia rebenta com a escala do básico.





Em suma, nada pode salvar "Death Valley" de um desastre se ele próprio não leva ninguém ao volante, não passando assim de uma obra pouco inspirada, incongruente e com sérios problemas de narrativa. Uma boa cinematografia e alguns bons desempenhos não são suficientes para manter o estímulo e a gula a um espectador que se aventure a querer passar por este peru mal cozido que dá pelo nome de "Death Valley"...

Género: Thriller / Drama. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 87 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=0W9qMbYIex0

Classificação: 4/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.
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