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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Halloween VI - The Curse of Michael Myers (1995)

"A Maldição de Michael Myers" de Joe Chappelle com Donald Pleasence, Paul Rudd, Marianne Hagan, Kim Darby, Bradford English, Keith Bogart, Mariah O'Brien, Leo Geter, J.C.Brandy, Devin Gardner, Susan Swift, George P.Wilbur & Mitchell Ryan.

Seis anos após os eventos do filme anterior, a agora adolescente Jamie Strode-Lloyd (J.C.Brandy) entretanto desaparecida juntamente com o tio, o imparável assassino em série Michael Myers (George P.Wilbur), dá um luz saudável bebé numa ala isolada do Hospício de Smith's Grove, sendo o recém-nascido lhe retirado por um estranho homem de negro, líder de um Culto Milenar de Druidas. Com a ajuda da parteira, Jamie consegue fugir com o bebé, mas é perseguida e assassinada por Myers, conseguindo antes por o filho em segurança. Tommy Doyle (Paul Rudd), que em '78 enfrentou pela primeira vez Myers quando estava aos cuidados de Laurie Strode, vive enclausurado e investigando tudo sobre o assassino, e ao saber que Jamie foi encontrada morta, antecipa-se à polícia encontrando o bebé, resolvendo contactar o Dr.Loomis (Donald Pleasence) que sai da reforma para mais uma vez dar caça ao criminoso. Tudo se complica quando Loomis descobre que parentes dos Strode, habitam agora a restaurada casa dos Myers que será o primeiro lugar aonde o assassino irá, quando regressar a Haddonfield...



Jamie Strode-Lloyd (J.C.Quinn)

Depois do insucesso crítico e comercial de "Halloween V - The Revenge of Michael Myers" ('89), a Trancas International Films pertença da Universal Pictures, vendeu os direitos à Miramax Films que através da sua subsidiária Dimension, que começava a ganhar terreno durante a década de 90 ressuscitando franchises de horror de sucesso como "Hellraiser III - Hell on Earth" ('92) ou "Children of the Corn II - The Final Sacrifice" ('93),




Donald Pleasence regressa como o Dr.Sam Loomis



trouxe de volta Michael Myers 6 anos depois neste novo filme, contando novamente com o produtor executivo de sempre Moustapha Akkad e o veterano Donald Pleasence, que regressa pela quinta vez ao papel do obstinado psiquiatra Dr.Sam Loomis. 











Com a orientação algo mística, envolvendo rituais pagãos celtas e as runas que surgiram no universo de Michael Myers como sendo impulsionadores de todo o Mal residente no assassino, bem como a aparição de um misterioso homem de negro que parece controlá-lo, artifícios introduzidos nos dois últimos filmes sem que fossem devidamente explorados,






coube ao argumentista Daniel Farrands, criar uma história que se aproximasse mais do ambiente do filme original de Carpenter, mas ao mesmo tempo dar seguimento à nova "storyline" sobre a origem do Mal de Myers e a razão do seu poder sobre-humano e imortalidade. 





O argumento de Farrands revelou-se surpreendentemente bom, depois das pouco inspiradas parte IV e V, resultando em Donald Pleasence sair da reforma para interpretar o seu mais icónico papel uma última vez e revelando ser a melhor história desde o original. 





Danielle Harris foi convocada para regressar ao seu papel da agora adolescente Jamie Strode-Lloyd, mas não chegando a acordo a nível salarial e pelo facto do seu personagem deixar de ser o foco da história, acabou por recusar, entrando J.C.Brandy para o seu lugar. 




Tommy Doyle (Paul Rudd)



Também Brian Andrews, o pequeno Tommy Doyle que ficou aos cuidados de Laurie Strode, interpretada por Jamie Lee Curtis, na fatídica noite do regresso do Mal em "John Carpenter's Halloween" ('78), foi imensamente procurado para gáudio dos fãs para regressar ao papel, mas devido ao actor ter largado a profissão e não ter um agente, coube ao estreante Paul Rudd desempenhar Tommy em adulto.




Kara Strode (Marianne Hagan)



A protagonização feminina ficou a cargo da também estreante Marianne Hagan na pele de Kara Strode, que acabou sendo uma das melhores performances da heroína de toda a franchise desde Jamie Lee Curtis.








Pouco antes do começo das filmagens, o guião de Daniel Farrands acabou sendo reescrito com algumas alterações por influência de um dos produtores e do realizador Joe Chappelle, ele próprio com uma visão limitada sobre a mística em torno de Michael Myers, para dar lugar a um comum "slasher" com a origem do Mal do assassino atirada para o meio, 





mas mesmo assim respeitando a história original e tentando dar um ambiente de horror mais atmosférico característico dos dois primeiros filmes, que tão banalizados foram nas duas anteriores sequelas. 









Depois de uma exibição teste a um grupo de adolescentes, o produto final acabou sendo apupado devido à escassez de sangue, gore e de violência explícita em prol de uma história inteligente que tenta explicar as motivações, 









a razão da força sobre-humana e a imortalidade do assassino desde o original "Halloween", ligando-o com os estratagemas arranjados à pressão para prolongar o filão em "Halloween IV & V" e saindo-se vitorioso. 






O filme voltou a ser revisto e severamente editado, incluindo novas cenas filmadas que alteram por completo o curso da história e especialmente o clímax da trama, e devido a Donald Pleasence ter entretanto falecido e não poderem contar com o actor, o seu papel acabou marginalizado na nova montagem, sendo um insulto à memória do veterano e do seu emblemático Dr.Sam Loomis.






Contudo, a primeira versão antes de todas as alterações feitas ao filme, foi descoberta e editada como "bootleg" em DVD, aprazendo os verdadeiros fãs do universo Halloween, embora todas as novas cenas reintroduzidas e inclusive o clímax como era suposto ser, 





sofrerem de uma qualidade de imagem sofrível visto não ter sido tratado, originando diversas petições exigindo que esta versão conhecida como "Halloween VI - The Curse of Michael Myers - The Producer's Cut" seja restaurada e lançada legitimamente. 








Em suma, para fãs de um horror mais atmosférico e de uma história mais aguçada e criativa, numa brava tentativa do argumentista Daniel Farrands de explicar os eventos ocorridos no "Halloween" original, sem desrespeitar o clássico de culto de John Carpenter, é preferível assistirem à versão mais rara do filme "The Producer's Cut".






Para quem prefira um filme mais sangrento, de recurso a gore e mais preocupado com a encenação das mortes em ritmo rápido ao estilo videoclip "slasher", do que numa história de origem que tenta explicar e corrigir certos erros cometidos nas partes IV e V, então fiquem-se pela versão de cinema do filme.



Género: Horror. | Thriller / Mistério (Producer's Cut).

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 88 minutos. | 96 minutos (Producer's Cut).

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=Khtx5SQ5Zk4

Classificação: 6/10. | 7/10 (Producer's Cut).

Reviewer: @ Nuno Traumas.




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