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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

The Texas Nail Gun Massacre (1985)

"O Massacre da Pistola de Pregos" de Bill Leslie & Terry Lofton com Rocky Patterson, Ron Queen, Beau Leland, Michelle Meyer, Sebrina Lawless, Mike Coady, Staci Gordon & Jerry Nelson.

Um grupo de operários da construção civil, em estado ébrio, violam em grupo uma jovem mulher. Uns meses depois, um misterioso vigilante vestido com um camuflado e usando um capacete de mota que lhe esconde a identidade, começa a perseguir os envolvidos na violação, massacrando-os um a um com uma pistola de pregos. Quem será o assassino? E terá ele alguma ligação com o caso?










Escrito, produzido, fotografado e dirigido por um duo de amigos texanos Bill Leslie e Terry Lofton ambos na casa dos 20's, "The Texas Nail Gun Massacre" é um supremo mau filme, rodado a baixíssimo orçamento inserindo-se nos sub-géneros do "horror slasher" e "rape & revenge" característico do cinema exploitation dos anos 70. 



Nada no filme faz muito sentido, começando por uma das mais ridículas cenas de violação alguma vez transpostas para filme, 









seguida da aparição deste vigilante de palmo e meio com um capacete remendado com o qual esconde a sua identidade ao espectador e que munido de uma pistola de pregos semeia um rasto de sangue pela pacata cidade onde se situa a história. 





A trilha sonora é composta por sintetizadores irritantes que ainda por cima abafam por completo as falas dos actores, não se entendendo metade do diálogo. 








Quando varia para uma batida diferente, a música presente parece uma banda sonora rejeitada de alguma sitcom ao estilo do "The Benny Hill Show". 








A cinematografia é péssima, parecendo fruto de uma câmara amadora daquelas com que se filmavam os baptizados e casamentos nos anos 80. 











O enredo é composto por diversas vignettes coladas umas nas outras através de uma montagem medíocre, com personagens a aparecerem e a desaparecerem na trama num espaço de 5 minutos, sem o espectador saber quem são e qual é o papel deles no filme. 







A encenação dos assassinatos em si é um delírio visual hilariante, com o misterioso vigilante a aparecer de qualquer lado (até sai de dentro duma piscina) disparando pregos (de borracha) como se não houvesse amanhã até as suas vítimas perecerem numa xaropada de sangue. 








Algumas dessas infelizes criaturas que esperam a morte certa ainda têm tempo de entoar frases do tipo: "Ai, como isto dói" ou "Dói tanto", mas se o espectador pensa que isto é o cúmulo do ridículo no que diz respeito ao guião, quando o xerife local (que mais parece um caçador de ursos) 





e o médico-legista (que lembra um Jeff Conaway em "Grease") se viram um para o outro e constatam que ao fim de 5 mortes num espaço de 1 dia a cidade "poderá estar a ser alvo de um serial-killer". Com uma Lei inteligente destas é impossível o misterioso assassino escapar. 





O elenco é composto por totais amadores no ramo, incluindo a avó de um dos realizadores que foi chamada para interpretar um breve papel, depois da actriz original não comparecer no set de filmagens (vá-se lá saber porquê...) e um grupo de voluptuosas actrizes que faziam pornografia na sala ao lado 




e foram convocadas para o filme, deliciando-nos com nus gratuitos e cenas de sexo completamente irrelevantes para a história. 









A voz disfarçada do assassino soa a um Darth Vader depois de ingerir meia dúzia de balões de hélio e as deixas que profere antes e depois de despachar as suas vítimas são o ponto-alto do filme, conseguindo um ligeiro humor negro eficaz. 




Reza a história que os realizadores montaram o filme e enviaram para a distribuidora que lhes pediu para incluírem mais cenas de sexo e mudarem o nome original de "Nail Gun Massacre" para "The Texas Nail Gun Massacre" para conseguirem vendê-lo como sendo uma paródia ao clássico de culto de Tobe Hooper. 








Acabou por ser uma boa ideia, porque se visto por um prisma cómico, esta obra é o expoente máximo do charme apelativo para fãs do mau cinema e ideal para ser visto em qualquer estado, excepto sóbrio...










Género: Horror. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 85 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=tdFHRYmjJh8

Classificação: 2/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.



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