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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sir Walter Scott's Ivanhoe (1952)

"O Vingador do Rei" de Richard Thorpe com Robert Taylor, Elizabeth Taylor, Joan Fontaine, George Sanders, Emlyn Williams, Robert Douglas, Finlay Currie, Felix Aylmer, Francis De Wolff, Norman Wooland, Basil Sydney, Harold Warrender, Sebastian Cabot, Patrick Holt & Guy Rolfe.

Ricardo Coração-de-Leão (Norman Wooland), Rei de Inglaterra, desaparece enquanto regressava das Cruzadas na Terra Santa. Um dos seus mais fiéis cavaleiros, o saxão Wilfred of Ivanhoe (Robert Taylor) empreende numa demanda em busca do seu Rei, encontrando-o prisioneiro do Rei Leopoldo da Áustria que pede como resgate 150 mil marcos em prata. O irmão mais novo de Ricardo, o ignóbil Príncipe João Sem-Terra (Guy Rolfe), vê daí uma oportunidade para afastá-lo, conspirando com certos cavaleiros Normandos para obter o trono de Inglaterra. Regressado ao lar, Ivanhoe reúne-se com a sua prometida Lady Rowena (Joan Fontaine), ao mesmo tempo que tenta se reconciliar com o pai, Sir Cedric (Finlay Currie) que se recusa a ajudá-lo a reunir o resgate. Na mesma noite, mais dois grupos pernoitam na casa de Cedric, o Saxão: os Normandos leais a João, Sir Hugh De Bracy (Robert Douglas) e De Bois-Guilbert (George Sanders), que pedem guarida mesmo sendo de facções diferentes e um velho judeu Isaac of York (Felix Aylmer) que Ivanhoe acaba por salvar de um ataque dos Normandos. Ficando-lhe em dívida, Isaac compromete-se a reunir a soma que permitirá a Ivanhoe resgatar Ricardo, não esperando que a sua bela filha, Rebecca (Elizabeth Taylor) se comece a apaixonar pelo vingador do Rei...





Clássico de capa e espada da época áurea de Hollywood, produzido por Pandro S.Berman para a Metro-Goldwyn Mayer, baseado no romance do escritor escocês Sir Walter Scott, inspirado em factos verídicos e publicado em 1820, dirigido pelo veterano Richard Thorpe 







Robert Taylor como Sir Wilfred of Ivanhoe



e o primeiro de 3 filmes protagonizados pelo galã residente da Meca do Cinema desde os anos 30, Robert Taylor, que deu origem a uma trilogia não oficial de películas baseadas numa temática similar, sendo os posteriores "Knights of the Round Table" ('53) e "The Adventures of Quentin Durward" ('55) que acabaram por não obter o mesmo sucesso crítico e comercial do antecessor. 






"Ivanhoe" é assim um esplêndido romance de aventuras situado na Inglaterra medieval, usufruindo de uma soberba cinematografia em Technicolor de Freddie Young, nomeado para 1 Oscar 








Joan Fontaine como Lady Rowena



e uma magistral direcção artística a nível de cenários e guarda-roupa que enriquecem a grandiosidade desta obra a nível de reconstituição de época, resultando em pura magia do cinema transposta do ecrã. 












A direcção de Thorpe, filmando um guião conjunto da contribuição de vários argumentistas (incluindo Marguerite Roberts, que durante as filmagens teve de responder perante o comité presidido pelo Senador Joseph McCarhy na célebre "Caça às Bruxas" e ao negar-se a divulgar nomes sobre potenciais comunistas em Hollywood, entrou para a "lista negra" e viu o seu nome ser omitido dos créditos deste filme) 




Sir Cedric, o Saxão (Finlay Currie)



é prodigiosa e dinâmica nas fantásticas sequências de acção, especialmente no torneio em que Ivanhoe desafia os 5 cavaleiros normandos ou o ataque ao castelo de Front de Boeuf, um espectáculo visual de encenação, recorrendo a fantásticas proezas de duplos 






Elizabeth Taylor como Rebecca de York



e eficazmente mais sombria do que se poderia esperar, mantendo a obra num ritmo empolgante constante, envolvida em seriedade na narrativa, recusando-se assim a seguir o caminho extrovertido e humorístico presente no antecessor semelhante em temática, "The Adventures of Robin Hood" ('39). 






A portentosa trilha sonora do grandioso Maestro Miklós Rózsa, nomeado para 1 Oscar, é melodramática, épica e fascinante o suficiente para nos transportar ao Mundo de Ivanhoe, dos cavaleiros de armaduras reluzentes e das donzelas em apuros, fundindo-se de modo perfeito com a acção na tela. 









O elenco é fabuloso e uma das grandes mais-valias do filme: de um sóbrio, vigoroso e galante Robert Taylor na pele do obstinado e duro vingador do Rei 









a uma bastante jovem Elizabeth Taylor, aqui no seu auge de beleza e magnetismo, e tal como a sua personagem Rebecca de York é acusada no filme, acaba por nos enfeitiçar por completo, 






George Sanders como De Bois-Guilbert


passando pelo vencedor de 1 Oscar para Melhor Actor Secundário por "All About Eve" ('50), George Sanders, numa performance memorável como De Bois-Guilbert, dividido entre a honra de um cavaleiro normando, ao ódio que sente pelo seu antagonista saxão que acaba piorando quando se apaixona por Rebecca e vê o seu amor não correspondido por a mesma amar Ivanhoe 





e Joan Fontaine, vencedora de 1 Oscar por "Rebecca" ('40) é o epítome do charme e da elegância numa interpretação subtil, mas plena de emoção como Lady Rowena, a prometida de Ivanhoe. 












A título de curiosidade, Joan Fontaine, interpreta aqui uma personagem na senda da que a irmã mais velha, Olivia de Havilland, nos entregou como a donzela Marian, a amada de Errol Flynn no já citado "The Adventures of Robin Hood" de Michael Curtiz e William Keighley. 










Guy Rolfe como o Príncipe João Sem-Terra

Os secundários são de peso e embora não roubando o foco ao quarteto protagonista, impõem-se de modo memorável na trama, destacando-se o eterno vilão Robert Douglas como o vil e mesquinho Sir Hugh De Bracy e Guy Rolfe, o fuinha e ignóbil Príncipe João, que foi a base de inspiração para o personagem do clássico de animação da Disney "Robin Hood" estreado em '73, sendo uma das melhores rendições do personagem de sempre no cinema.







Um dos aspectos mais interessantes de "Ivanhoe" para além da cativante narrativa e do emocionante ritmo que arrebata por completo o espectador, são as diversas pequenas histórias presentes que ligam emocionalmente, seja através do amor ou do ódio, todos os personagens da trama.










A eterna frustração do amor não correspondido ou a angústia de amar a pessoa errada, eficazmente vincado no enredo, continua tão actual nos dias de hoje, como em '52 na altura em que foi produzido, tornando "Ivanhoe" uma obra de época intemporal e aprazível para todas as gerações.





Em suma, "Ivanhoe", que também recebeu a nomeação ao Oscar para Melhor Filme do Ano, é uma das melhores obras dentro do género, ideal para apreciadores de clássicos de capa e espada de outrora em que se conseguia produzir uma obra de época, sem recorrer ao uso farto (e muitas vezes desnecessário) dos efeitos especiais. 






O guião é inteligente; a acção empolgante; a música arrebatadora; as performances de topo e sobretudo, Elizabeth Taylor consagra-se aqui como uma das mais belas, sensuais e hipnóticas actrizes saídas da década de 50, sendo difícil desviar os olhos da actriz quando esta surge em close-up no ecrã com todo o seu esplendor...





Género: Aventura / Drama / Romance / Histórico. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 106 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=ngn-GvqXIc8

Classificação: 10/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Return of the Fly (1959)

"O Regresso da Mosca" de Edward Bernds com Vincent Price, Brett Halsey, David Frankham, Dan Seymour, Danielle De Metz, Jack Daly, Janine Grandel & John Sutton.

15 anos após a fatídica experiência de teletransporte que transformou o cientista Andre Delambre numa mosca-humana, o seu filho Philippe (Brett Halsey) agora adulto e depois da morte da mãe Helene, resolve retomar a pesquisa contra os avisos do tio François (Vincent Price). Não sabendo que o seu ajudante de laboratório Alan Hinds (David Frankham) é um criminoso procurado pela Interpol, Philippe é alvo de uma tentativa de roubo do invento, que culmina no mesmo sendo involuntariamente colocado na cabine com uma mosca e ao ser teletransportado todo o horrífico pesadelo dos Delambre recomeça...






O enorme êxito comercial do "The Fly" ('58) fez com que a Twentieth-Century Fox avançasse com uma sequela produzida em tempo recorde, para que estreasse logo no ano a seguir, 










Vincent Price como François Delambre

recorrendo somente a Vincent Price do elenco original, regressando assim ao papel de François Delambre, agora o tutor de Philippe, que se vê novamente a braços com uma situação complicada quando o sobrinho pretende continuar os experimentos do seu tragicamente falecido progenitor. 





O director especialista em filmes de série-B, Edward Bernds, foi o convocado para escrever esta continuação da pequena história de George Langelaan levada ao grande ecrã por Kurt Neumann, assegurando também a direcção desta longa-metragem que ao contrário da obra original foi filmada em preto e branco e produzida com um orçamento ainda mais baixo. 





O guião é notório o ter sido escrito à pressa e em modo tarefeiro, seguindo uma linha linear do "monster movie" com a criatura à solta vingando-se daqueles que contribuíram para o seu estado actual, contrastando com a história inteligente do antecessor que funcionou em pleno como uma alegoria aos malefícios do progresso. 







Devido a ser mais despretensioso enquanto filme, o ritmo torna-se mais dinâmico e enérgico do que em "The Fly", retirando-lhe todo o lado de horror mais atmosférico em prol de uma narrativa que no I & II Acto limita-se a repetir o antecessor, 






introduzindo-lhe somente dois vilões na história para dar azo a que exista um enredo, com o artifício usado para que Philippe se transforme numa mosca-humana na senda do próprio pai, a ser pouco criativo e inserido à pressão. 





Artisticamente, a equipe de caracterização desenvolveu aqui uma máscara diferente para que a mosca-humana de Philippe se distinguisse da de Andre Delambre, sendo notório o desconforto e a falta de orientação do duplo em caminhar com uma prótese do dobro do tamanho. 





A nível dos cenários e efeitos especiais, "Return of the Fly" limita-se a reutilizar os do filme anterior, não apresentando grandes surpresas ou avanços nesse campo. 






Brett Halsey como Philippe Delambre

No capítulo das performances, Brett Halsey como Philippe não faz esquecer David Hedison como Andre Delambre, oferecendo-nos uma performance algo rotineira (com o duplo Ed Wolff interpretando-o aquando transformado na mosca-humana),









Danielle De Metz como Cecile Bonnard

auxiliado pela bela Danielle De Metz na pele de Cecile Bonnard, a filha da governanta da mansão dos Delambre, cujo filme não lhe dá muito o que fazer, excepto lhe pedir que grite histericamente nos momentos certos 











e Vincent Price, que mesmo tendo maior tempo em cena do que em "The Fly", o seu personagem é novamente quase desnecessário para a trama. Contudo, aquele toque melodramático levado ao exagero da parte do veterano actor, faz maravilhas na tela, estando em completa sintonia com o tom do filme.







A título de curiosidade, a lendária banda de horror punk de Nova Jérsia, The Misfits, na altura liderados pelo front-man Glenn Danzig, vocalista e principal compositor, reconhecidos por injectarem a velocidade dos 3 acordes em riffs de rock 'n' roll anos 50, sendo também fortemente inspirados pelos ritmos doo wop, prestaram homenagem a este filme ao comporem o tema "Return of the Fly", presente no álbum "Static Age" gravado em '78.








Em suma, "Return of the Fly", mesmo estando longe da genialidade do filme original, como qualquer horror / sci-fi da sua época de baixo-orçamento a nível dos efeitos especiais e caracterização e de curta-duração que o punham como "double feature" ao lado de outra película do mesmo género nos saudosos drive-in de antigamente, 





tornam-no num delicioso "cheesy" aprazível aos fãs deste cinema, estando repleto daquele charme característico do série-B e uma autêntica pérola para os dias que correm. Recomendado a quem aprecie do bom "mau cinema" !!



Género: Horror / Ficção Científica / Drama. 

Fotografia: Preto e Branco.

País: E.U.A.

Duração: 80 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=QUEJeJiur1I

Clip The Misfits - Return of the Fly: http://www.youtube.com/watch?v=8fT3HDnRKcY

Classificação: 7.5/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

The Fly (1958)

"A Mosca" de Kurt Neumann com David Hedison, Patricia Owens, Herbert Marshall, Kathleen Freeman, Betty Lou Gerson, Charles Herbert & Vincent Price.

Acusada de ter assassinado o marido Andre Delambre (David Hedison), esmagado numa prensa metálica, Helene (Patricia Owens) revela ao irmão do falecido, François (Vincent Price) e ao Chefe da Polícia Charas (Herbert Marshall) os motivos que a levaram a cometer tão hediondo acto. Andre, um dedicado inventor, desenvolveu no laboratório de sua casa, um meio de teletransportar objectos de uma cabine para outra à distância. Depois de falhar ao usar o gato da casa como cobaia, Andre dedica meses a aperfeiçoar o invento, tornando-se megalómano o suficiente para experimentar em si mesmo, não contando que uma mosca entrasse na cabine durante o teletransporte, resultando numa troca de átomos entre ambas as espécies. Ao mesmo tempo que Andre inicia uma transformação em insecto, uma estranha mosca de características humanas começa a sobrevoar a casa. Cabe a Patricia tentar capturar a mosca viva para o marido tentar passar de novo com a mesma pelo teletransporte, recuperando assim a forma humana, mas a tarefa não vai ser fácil...





Clássico de horror e sci-fi e o maior sucesso do cineasta Kurt Neumann, que faleceu pouco tempo depois da estreia do filme, "The Fly" é uma arrepiante fábula grotesca, escrito pelo estreante James Clavell, baseado na pequena história de George Langelaan publicada originalmente na edição da revista Playboy de Junho de '57, 








David Hedison como Andre Delambre

protagonizado por David Hedison como o infortunado cientista Andre Delambre e o futuro mestre do horror, Vincent Price, que aqui assume um papel secundário na pele do dedicado irmão mais velho, François Delambre. 






Rodado em evidente baixo orçamento pela major Twentieth-Century Fox no portentoso formato CinemaScope, apresenta-nos um visualmente criativo cenário do laboratório, repleto de gadgets, onde decorrem as experiências e onde se situa grande parte da acção. 





O trabalho de caracterização que transformou Andre Delambre num insecto-humano pode ser visto como demasiado "cheesy" para os parâmetros dos dias de hoje, mas em conjunto com a brilhante actuação de David Hedison, que fez questão de interpretar todas as suas cenas pós-transformação sem recorrer ao uso de um duplo, torna-o cinematicamente trágico e subsequente, efectivo.




Patricia Owens como Helene Delambre

O ritmo pode ser lento até ao flashback em que Helene, acusada de homicídio, revela ao cunhado e ao chefe da polícia o verdadeiro motivo de ter sacrificado o seu amado esposo, levando-os daí ao dilema moral se devem acreditar ou não em tão mirabolante história e inocentar Helene ou alegarem loucura para salvá-la assim de uma condenação à morte. 





O facto da história nos ser contada pela perspectiva de Helene Delambre, diversas sequências-chave como o fatídico teletransporte que misturou o humano com a mosca e todo a decadência física e psicológica da lenta transformação do cientista no insecto (que seria explorado de modo sublime no remake de David Cronenberg em '86), acabam omitidos da película, sendo aqui um efeito instantâneo logo após a experiência.





A analogia do guionista James Clavell, subtilmente impressa na história, sobre os malefícios do progresso e na megalómana contenda do Homem de querer fazer o papel de Deus, faz ainda mais sentido actualmente do que na altura em que foi produzido, tornando com isso "The Fly" um clássico intemporal a nível da mensagem. 




Vincent Price como François Delambre

No capítulo das performances, Vincent Price tem o ingrato papel secundário que não só não lhe é dado muito o que fazer durante o filme, como poderia ter sido interpretado por qualquer outro actor, embora o característico discurso teatral e a sua pose distinta, façam maravilhas mesmo em segundo plano. 





David Hedison é inesquecível como Andre Delambre, a actuação debaixo da máscara poderia ter caído na banalidade de um qualquer "monster movie" da época, mas o actor consegue, através dos seus peculiares maneirismos e linguagem corporal, nos transmitir o desgosto, a mágoa e a revolta de um outrora brilhante inventor e carinhoso pai de família, 






transformado agora numa criatura híbrida prestes a perder a sanidade, implorando à mulher enquanto ainda lhe resta alguma humanidade, que lhe ponha um término na vida, antes que perca a razão.





Inspector Charas (Herbert Marshall), Phillippe Delambre (Charles Herbert)

Destaque para o clímax do filme, onde o realizador Kurt Neumann nos oferece uma sequência bem executada que tanto tem de bizarra, como de cruel, surgindo algo de surpresa de modo a apanhar um espectador desprevenido, tendo chocado grande parte das audiências em '58, contribuindo em muito para o enorme êxito do filme. 






"The Fly" teve direito a duas sequelas, tendo a primeira "Return of the Fly" estreado somente um ano depois com Vincent Price usufruindo de mais tempo em cena e a segunda "Curse of the Fly", produzida já a meio dos anos 60, sem contar com a presença do veterano actor, devido a estar em contracto exclusivo com a American International Pictures a filmar para Roger Corman os clássicos baseados nas obras de Edgar Allan Poe. 






O remake, considerando por muitos superior ao original, estreou em '86 pela mão de David Cronenberg, cujo sucesso levou a uma sequela não muito bem sucedida financeiramente, "The Fly II" ('89) de Chris Walas.







Em suma, este é um clássico de culto, fruto da paranóia pelo horror e sci-fi de baixo orçamento que assolou Hollywood nos anos 50, com os grandes estúdios a investirem moderadamente na produção destas obras, levando a que estreassem diversas anualmente, acabando por as mesmas renderem a triplicar como "double features" nos "drive-in".





"The Fly" é uma obra inteligente, marcante e sobretudo, adulta, consagrando-se assim como um dos mais emblemáticos horror / sci-fi americanos saídos dos anos 50. Recomendado!!!









Género: Horror / Ficção Científica / Drama. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 94 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=Hdv4QA-O1bg

Classificação: 9/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.

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