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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Indiana Jones and the Last Crusade (1989)

"Indiana Jones e a Grande Cruzada" de Steven Spielberg com Harrison Ford, Denholm Elliott, John Rhys-Davies, Alison Doody, Julian Glover, River Phoenix, Michael Byrne, Alex Hyde-White, Robert Eddison, Richard Young & Sean Connery.

1912. Deserto do Utah. Um grupo de salteadores liderados por um mercenário de chapéu de fedora e blusão de cabedal (Richard Young) encontram numa cave a preciosa Cruz do Coronado. O jovem Indiana Jones (River Phoenix) acreditando que o artefacto pertence a um Museu, rouba-lhes a cruz e é perseguido. Depois de várias peripécias, Indy é apanhado e a cruz volta para o corrupto homem usando um Panamá que contratou os mercenários, mas ganha o respeito de Fedora que lhe oferece o chapéu que será a sua imagem de marca para a vida. O seu pai Henry Jones, Sr. (Alex Hyde-White), sempre imerso na busca do Santo Graal, pouco dá atenção ao sucedido. 36 anos depois, Indy após recuperar a Cruz e eliminando de vez o velho inimigo, regressa à Universidade aonde é coagido a encontrar-se com o negociante de arte Walter Donovan (Julian Glover) que lhe revela que o pai (Sean Connery) foi raptado por Nazis e encontra-se preso num Castelo. 




O jovem Indiana Jones (River Phoenix)

Antes de partir, Indy constata que o pai lhe enviou o diário pessoal com todas as informações sobre o Cálice Sagrado. E assim começa uma nova aventura de Indiana Jones que o vai levar de Veneza para o encontro com a ex-assistente do pai, 





Fedora (Richard Young)



doutora Elsa Schneider (Alison Doody) até à Alemanha para o resgatar, envolvendo os seus velhos amigos Marcus Brody (Denholm Elliott) e Sallah (John Rhys-Davies) numa corrida contra os Nazis para a descoberta do poderoso artefacto...






A demanda de décadas pela Cruz do Coronado

Terceira aventura de Indiana Jones no cinema cuja acção se situa dois anos depois dos eventos de "Raiders of the Lost Ark" novamente dirigida por Steven Spielberg a partir de uma história de George Lucas, sendo a menos inspirada entrada da trilogia original. 





De volta à Universidade


Depois das críticas ao segundo filme pelo seu tom demasiado negro e sombrio, Spielberg e Lucas resolveram jogar pelo seguro trazendo de volta o espírito, 





Marcus & Indy encontram Elsa em Veneza



os lugares-comuns, os nazis como vilões e até personagens de "Raiders of the Lost Ark" numa atmosfera mais familiar.












Doutora Elsa Schneider (Alison Doody)


O resultado foi que com isso a série perdeu grande parte da sua originalidade, pois "Last Crusade" parece "Raiders" contado novamente com a excepção que o artefacto é diferente, mas partindo à mesma do tema do catolicismo. 






Nas catacumbas

A pré-aventura oferece-nos o malogrado River Phoenix como o jovem Indy, mas apesar de bem coreografada e editada, toda a sequência é demasiado forçada como se Indy tivesse adquirido todos os componentes da sua imagem de marca desde a cicatriz no queixo, o uso do chicote, a fobia por cobras e o chapéu de abas largas tudo numa única manhã. 





No castelo de Grunwald



Inicialmente, o misterioso mercenário Fedora que oferece o chapéu a Indy seria o arqueólogo Abner Ravenwood, o pai de Marion mencionado em "Raiders", o que faria bastante sentido pois ele é referido como o verdadeiro mentor de Indy, 








Capturados 



visto que este nunca se deu com o pai obcecado e de cabeça enfiada nos livros em busca de informações sobre o Graal. Sem nunca terem explicado o porquê, esse pormenor foi simplesmente omitido do filme.





Elsa, a traidora

Tecnicamente "Last Crusade" está ao nível dos antecessores, usando a maior parte da equipe técnica, mas peca pela falta de originalidade nas sequências de acção






 ("Raiders" oferece-nos a fabulosa pré-aventura no templo e a longa perseguição ao camião que transporta a Arca; "Doom", a sequência da queda do avião, a perseguição nas minas e o emocionante clímax na ponte ao passo que "Crusade" mostra-nos novamente uma perseguição pelo deserto, desta vez a um tanque e nada de muito mais que seja memorável) 






carecendo em grande de momentos emocionantes que agarrem o espectador como nos filmes anteriores e o estilo cai demasiado na comédia parecendo em partes mais uma paródia ao género e aos filmes anteriores do que uma obra séria.




A fuga

Os diálogos entre Ford e Connery parecem saídos de um filme de "Laurel & Hardy", tornando-se algo repetitivos e cansativos chegados a meio do filme. 






Buscar o diário a Berlim

A ideia de arrastar o pai para a aventura não foi muito feliz logo de ínicio, porque simplesmente não se enquadra no universo de Indiana Jones. Connery tem uma boa performance e faz aquilo que pode, mas está no filme errado. 






Indy encontra Adolf Hitler (Michael Sheard)

Quanto a Ford tem aqui a sua performance menos inspirada como Indy. Em certas cenas aparenta não estar à vontade com o material dado e noutras nota-se o cansaço ou aborrecimento com o personagem ou com o filme.




Fuga do zeppelin

Apesar de tudo, Ford e Connery partilham uma química que resulta em ecrã, tentando que o espectador aceite o parentesco de pai e filho quando a diferença de idades de ambos é de apenas 12 anos e as cenas em conjunto do duo, têm os seus momentos quando não caiem vertiginosamente no piroso e na comédia familiar. 





Marcus Brody (Denholm Elliott)

Denholm Elliott (Brody) e John Rhys-Davies (Sallah) personagens sérios vindos de "Raiders" passam aqui ao estatuto de alívio cómico para o filme nos impingir ainda mais a atmosfera de paródia. 







Sallah (John Rhys-Davies)


Marcus Brody refere em "Raiders" que se fosse mais novo iria em vez de Indy na busca da Arca da Aliança, o que sugere que quando era mais novo seria um aventureiro como Indy, mas em "Last Crusade" é renegado a um doente de Alzheimer que "até se perde dentro do próprio Museu". 










Quanto a Sallah, o seu lugar na trama é quase inexistente, servindo apenas para que "Crusade" evoque o espírito de "Raiders", pois se o seu papel tivesse sido eliminado da montagem final, ninguém notaria a ausência do mesmo.





A perseguição ao tanque


A sua única participação activa no filme é quando leva os camelos para dar como compensação ao cunhado depois de os Nazis lhe terem destruído o carro emprestado.



Salto de Fé

Nomeado para 3 Oscars, venceu novamente na categoria de Melhores Efeitos Sonoros e a trilha sonora de John Williams, que nunca nos desilude, recebeu mais uma nomeação.






Elsa redime-se



Em suma, "Indiana Jones and the Last Crusade" como filme autónomo é uma obra de aventuras leve e descontraída que se vê bem como clássico de "Sessão da Tarde", 








agora se comparado com os antecessores e como filme digno de constar nas fantásticas aventuras de Indiana Jones, 








Salvar Henry Jones Sr.

fica muito aquém da criatividade e do ambiente criado pelos dois primeiros filmes, quase como se tivéssemos a ver uma obra de uma franchise diferente. 










Um vislumbre de um Ford como o Indy de "Raiders" e "Doom" que possa surgir em determinados momentos do filme é depressa extinto em prol da comédia arlequinada levada ao exagero nas cenas com Connery. 








"Indiana...Indiana... let it go..."

É que em "Last Crusade" nem os vilões funcionam, porque depois da nemesis Renee Belloq; do irascível Major Toth e do arrepiante Mola Ram, somos presenteados com a escassez de ameaça em cena na pele de um frágil Walter Donovan e de uma bonequinha com corpo de modelo que se revela uma perigosa espia alemã...




The End


Género: Acção / Aventura / Comédia.

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 127 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=A7TaY8HWYd8

Classificação: 7.5/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.


2 comentários:

  1. Para mim, o pior será sem dúvida a caveira de cristal!!!!!

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    Respostas
    1. Esse então nem o considero da saga!! :) Obrigado pelo feedback, Carlos.

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