Translate

terça-feira, 23 de abril de 2013

Rising Sun (1993)

"Sol Nascente" de Philip Kaufman com Sean Connery, Wesley Snipes, Harvey Keitel, Mako, Tia Carrere, Cary-Hiroyuki Tagawa, Kevin Anderson, Ray Wise, Stan Egi, Stan Shaw, Alexandra Powers, Daniel Von Bargen, Clyde Kusatsu, Tony Ganios & Steve Buscemi.

Durante uma recepção nos escritórios da Nakamoto, Corporação Japonesa nos E.U.A. prestes a concluir um negócio de compra de uma empresa de armamento, uma acompanhante de luxo é assassinada num andar de cima desocupado, depois de uma relação sexual violenta. O Tenente Web Smith (Wesley Snipes) é convocado pelo Tenente Graham (Harvey Keitel) para actuar como oficial de ligação, mas antes é incubido de ir buscar John Connor (Sean Connery), um Capitão reformado, mas especialista em assuntos japoneses. A estranha aliança de ambos, vindos de mundos diferentes, será o mote essencial para decifrarem o mistério para lá do assassínio da jovem, e enquanto Smith realça o óbvio do caso, Connor é da opinião que as aparências iludem...





Dirigido por Philip Kaufman (realizador do "The Wanderers" de '79 e "The Right Stuff" de '83 e argumentista do "Raiders of the Lost Ark" de '81) que adapta aqui a novela do escritor Michael Crichton ("Coma" de '78 ou "Jurassic Park" de '93), 





Snipes, Keitel & Connery



"Rising Sun" é um thriller genérico em modo Oriente vs. Ocidente piscando o olho ao sub-género "buddy cop movie" em atmosfera luxuosa e sofisticada fazendo lembrar um "Black Rain" de Ridley Scott . 











Crime Scene





Kaufman é um realizador carismático que sabe como dirigir um filme e o seu argumento segue demasiado o livro à risca (aumentando assim as expectativas do espectador) para depois chegar ao momento crucial da trama e subitamente altera-o. 




pistas...



O conjunto sofre por falta de conteúdo, como se demasiado estilo para pouca substância e a história está repleta de pontas soltas e situações implausíveis como John Connor estar sempre um passo à frente e a saber tudo o que se passa, sem nunca o filme revelar o porquê levando o espectador a questionar-se o óbvio, "se ele sabe tudo porque demora tanto a resolver o crime?". 





Julia (Alexandra Powers)

No capítulo dos desempenhos, Sean Connery é o John Connor idealizado por Crichton, que aparentemente escreveu o personagem baseado nele, o misterioso Capitão imerso na cultura japonesa, mas Wesley Snipes foi uma evidente má escolha para Web Smith, tendo Michael Crichton abandonado a produção por discordar plenamente com a contratação do actor para um papel que nada tem a ver com ele 



Web Smith (Snipes) & John Connor (Connery)

(o ambiente sofisticado e a atmosfera em si da alta roda, simplesmente não liga com o actor nem com a sua performance, notando-se bastante o seu desconforto com o material com o qual tem de trabalhar ao longo do filme). 






Jingo (Tia Carrere)

Snipes foi imposição de última da hora do Estúdio devido ao sucesso-surpresa do seu "Passenger 57" ('92) com esperança de catalisar no seu emergente sucesso como herói de acção, substituindo assim Michael Keaton (cujo "Batman Returns" não teve o êxito esperado) no papel de Peter Smith, então alterado para Web Smith para se encaixar melhor na etnia do novo actor. 



"Weasel" (Steve Buscemi)




Do elenco secundário, o grande Harvey Keitel actua num papel ingrato para o seu talento, onde em nada avança na trama; o mesmo para Steve Buscemi que mal aparece, 






Eddie (Cary-Hiroyuki Tagawa)

sendo Cary-Hiroyuki Tagawa ("Showdown in Little Tokyo" de '91) curiosamente aqui no papel de bom-da-fita a roubar o show como o libertino e mulherengo Eddie Sakamura, o "bode-expiatório" do caso e Tia Carrere ("True Lies" de '94) num sóbrio desempenho como a técnica de impressão digital Jingo Asakuma. 



Perry (Tony Ganios)




Tony Ganios, o inesquecível Perry "Leave the kid alone" do "The Wanderers" regressa ao seu papel 14 anos depois num divertido cameo em óbvia referência de Kaufman ao seu clássico de culto de '79.







Em suma, "Rising Sun" tem estilo visualmente, mas em nada é memorável ou empolgante ao ponto de entusiasmar o espectador imerso num mar de monotonia. Nunca passando do meio-gás produzindo uma sensação de vazio, torna-se algo arrastado demais até ao clímax e quando este finalmente chega o filme termina de jeito impróprio e completamente anti-climático. 






Yoshida (Mako)

Connery co-produziu o filme e provavelmente não era este o produto final que desejaria, a interferência do estúdio foi imensa e no que podia ter sido uma "obra de autores" acabou resultando num thriller banal daqueles ideais para serem exibidos Domingo à tarde logo a seguir ao almoço numa hora que ninguém vê.



Género: Thriller / Crime / Mistério / Acção. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 125 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=YU5LEWi9wQY

Classificação: 6.5/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...