1935. O arqueologista Indiana Jones (Harrison Ford) encontra-se em Shangai para trocar um artefacto que contém os restos mortais do último Imperador da Dinastia Ming por um valioso diamante com um mafioso local de nome Lao Che (Roy Chiao). Sendo traído e envenenado pelo mesmo e depois de uma fuga espectacular do Clube Nocturno trazendo consigo a corista Willie Scott (Kate Capshaw) e o seu pequeno parceiro Short Round (Ke Huy Quan) embarcam num avião que se despenha algures na Índia. São ajudados pelos nativos de uma pequena aldeia que lamentam a perda das suas crianças raptadas pelos servos do Marajá para serem usadas como escravos nas minas do Palácio de Pankot em busca das lendárias pedras mágicas de Sankara. Indy e os seus companheiros fazem-se à aventura a caminho do Palácio aonde muitas peripécias os aguardam e onde defrontará o mais temível dos seus inimigos, o feiticeiro Mola Ram (Amrish Puri), líder do Culto Thuggee a Kali, a Deusa do Mal...
No Clube Obi-Wan, Shangai |
Prequela de "Raiders of the Lost Ark", realizado 3 anos depois do original apresentando a segunda aventura no cinema do icónico arqueólogo Indiana Jones na sua busca pela fortuna e glória.
A fuga aos capangas de Lao Che |
Para onde foram os pilotos? |
Bastante mais negro e sombrio que o antecessor e com um ritmo diferente, "Indiana Jones and the Temple of Doom" foi bastante criticado na altura da estreia devido ao nível de violência gráfica tendo sido um dos pioneiros numa nova classificação de entrada no cinema conhecida como "PG-13".
Na vila |
Ao passo que "Raiders" evocava a Era dos seriais e filmes clássicos com um ritmo alternado entre a progressão lenta do enredo com as fabulosas sequências de acção, tendo ainda o romance como pano de fundo,
A caminho do Palácio de Pankot |
"Temple of Doom" foca-se no entretenimento desenfreado em estilo "comic book" numa aventura em formato de montanha-russa de pura adrenalina e emoção que não deixa o espectador descansar por um minuto.
Short Round perdido pelos corredores |
E é nesse aspecto que "Temple of Doom" é superior ao antecessor, não havendo espaço para tempos mortos com o filme injectar doses de acção empolgante em cada frame,
O jantar-surpresa |
servido de uma magnífica cinematografia de Douglas Slocombe, que ultrapassa inclusive o seu grande trabalho em "Raiders", com a panorâmica da comitiva a caminho do Palácio de Pankot relembrando a magnitude de um clássico de Sir David Lean
O flirt entre Indy & Willie Scott |
e a magistral trilha sonora de John Williams, novamente nomeada para 1 Oscar, a embalar a acção vista no ecrã e que para além do tradicional "Indiana Jones Theme", o maestro compôs aqui a melhor música da franchise inspirado nos tradicionais sons orientais.
"Spike Room" |
O Templo Maldito |
Harrison Ford tem aqui a sua melhor performance como Indiana Jones, passando do aventureiro mercenário no início que só pensa em dinheiro para o mais responsável arqueólogo que arrisca a vida em prol da liberdade dos outros e a sua breve transformação em "vilão" durante o Sono Negro depois de beber o sangue de Kali é muito bem interpretada pelo actor.
O feiticeiro Mola Ram sacrifica um nativo |
O sono negro de Kali Ma |
Spielberg teve então a ideia de filmar as sequências de acção, como a fuga da mina, com o auxílio dos duplos de Ford e quando este voltou ao "set" depois de se sujeitar a um inovador processo rápido de cura, filmou-lhe os "close-ups" tendo o filme sido assim concluído no tempo estipulado.
O pequeno Ke Huy Quan é um parceiro corajoso e divertido e Kate Capshaw como Willie interpreta uma "Indy Girl" diferente de Marion Ravenwood em "Raiders",
sendo aqui a típica donzela citadina em apuros levada sem querer para um mundo bizarro e primitivo que não conhece e nem se adapta.
"Yes, ALL of us..." |
até muito pelo contrário, pois ousou em ser diferente, sem repetir a história, estrutura e os cenários do original como a maioria das sequelas fazem para manterem o sucesso.
Perseguição nas minas |
A chegada à ponte |
Lucas e Spielberg somente deveriam sentir orgulho pelo produto final que criaram aqui e não cederem a criticas injustificadas atiradas ao ar por outros.
Cercado!! |
Puri transpira malvadez e a sua expressão e maneirismos durante a infame sequência que arranca o coração de um pobre nativo no Templo Maldito é como uma Bíblia para os vilões cinematográficos.
Dan Aykroyd, o comediante actor canadiano tem um pequeno cameo como Webber, o transportador logo no ínicio do filme como paga de ter oferecido a Spielberg uma pequena participação no seu êxito "The Blues Brothers" ('80).
O confronto final |
Em suma, "Indiana Jones and the Temple of Doom" pode ter sido severamente criticado por muitos desde a sua estreia até aos dias de hoje, mas é o essencial filme de Indiana Jones em diversos aspectos
A pedra mágica Sankara |
e se editássemos as melhores e mais memoráveis cenas de todos os filmes da franchise, "Temple of Doom" ganharia aos pontos só com a fantástica sequência da ponte.
O regresso à vila |
Altamente recomendado, é um dos melhores filmes de aventuras de sempre e que melhora a cada visionamento.
Género: Acção / Aventura.
Fotografia: Côr.
País: E.U.A.
Duração: 118 minutos.
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=HOwWfns4qqw
Classificação: 10/10.
Reviewer: @ Nuno Traumas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPara mim, sem sombra para dúvidas, o melhor da saga!!! Até porque é do ano em que nasci!!
ResponderEliminar