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domingo, 16 de junho de 2013

Pump Up the Volume (1990)

"Volume no Máximo" de Allan Moyle com Christian Slater, Samantha Mathis, Annie Ross, Andy Romano, Mimi Kennedy, Anthony Lucero, Billy Morrissette, Cheryl Pollak, Seth Green, James Hampton, Ellen Greene & Scott Paulin.

Mark Hunter (Christian Slater) é um inteligente, mas tímido adolescente recém-chegado ao Arizona vindo de Nova Iorque. Com um pequeno rádio oferecido pelos pais para poder falar com os amigos da Costa Este, Mark transforma-o numa rádio pirata onde sob o pseudónimo do DJ Hard Harry, incita os jovens do seu liceu a revoltarem-se contra as condições adversas oferecidas pela rígida reitora Loretta Creswood (Annie Ross). Hard Harry torna-se um ídolo para os adolescentes da terra, mas perturbando a facção mais conservadora dos professores, e quando um dos seus ouvintes Malcolm Kaiser (Anthony Lucero), um adolescente perturbado, se suicida após sair do ar, o corpo docente dos professores usam trágico incidente para acabar com as emissões de Mark de vez, metendo a polícia pelo meio. Tudo se complica ainda mais quando Nora Diniro (Samantha Mathis), uma fã incondicional de Hard Harry, descobre que ele e o tímido e recatado Mark que se senta ao seu lado nas aulas de escrita são a mesma pessoa...




Para o final dos anos 80, os típicos "teen movies" mais "cheesy", românticos e ligeiros deram lugar a um punhado de filmes para adolescentes mais obscuros iniciado com o sórdido e repleto de humor negro, "Heathers" ('88) também com Christian Slater ao lado de Winona Ryder em que "Pump Up the Volume" (em parte) lhe segue as pegadas. 



Christian Slater é o DJ Hard Harry

Escrito e dirigido por um especialista do género (revolta juvenil com música à mistura), o canadiano Allan Moyle responsável por "Times Square" ('80) e futuro director de "Empire Records" ('95), o filme que lançou a graciosa Liv Tyler, 







No liceu é o recatado Mark Hunter

"Pump Up the Volume" é como um grito de revolta de uma geração inconformada na entrada para uma nova década que antecedeu o aparecimento musical do "grunge" que transformou os alegres e extrovertidos anos 80 nuns sombrios e depressivos anos 90. 






Samantha Mathis é Nora Diniro



E é aqui que "Pump Up the Volume" se põe a ele próprio em cheque, fãs acérrimos dos "teen movies" da década de 80 podem não conseguir passar por este filme da mesma maneira, 










porque não só o seu espírito já é demasiado 90's, embora tenha sido filmado mesmo no início, como foi um dos filmes que ajudou a romper (ou a destruir) com os da década passada. 








Contudo, não é tão depressivo como "Heathers", e a história paralela do que se passa no Liceu, com uma Reitora ao melhor estilo de uma Cruella DeVil a expulsar alunos menos aplicados para o "bem" da escola 







é tão exagerado e caricatural que afasta parte da "seriedade" do filme, invocando o "cheesy" de um Reitor Rooney de "Ferris Bueller's Day Off" ('86). 








A estonteante Samantha Mathis ("The Thing Called Love" de '93), namorada de Christian Slater na altura e futura companheira do malogrado River Phoenix e das últimas pessoas a vê-lo com vida, faz a sua estreia em cinema aos 19 anos na pele de Nora Diniro, 







a ouvinte que se apaixona pelo DJ pirata, e apesar de ainda um pouco "verde", o seu desempenho enérgico e espirituoso ilumina o lado mais negro da película (e a sua cena de "topless" idem). 








Quanto ao protagonismo, Christian Slater tem aqui um dos seus melhores desempenhos de sempre, como uma versão adolescente de um destemido Eric Bogosian em "Talk Radio" ('88) encontra o cinismo de um Jack Nicholson e a timidez de um James Dean em "Rebel Without a Cause" ('55).





"Mazz" (Billy Morrissette)

A banda sonora composta por Richard Hell, Leonard Cohen, Bad Brains, Henry Rollins, The Descendents, Pixies, Sonic Youth, Cowboy Junkies, Peter Murphy, Soundgarden ou Concrete Blonde enquadram-se na perfeição com o tom negro do filme.






Joe (Seth Green)



Em suma, "Pump Up the Volume" é um bom filme, mas mais indicado para uma geração peculiar; os diálogos são bem escritos e algumas das pertinentes questões são bem levantadas; 












Christian Slater domina cada cena em que aparece e a química com a estreante Samantha Mathis está lá. 










Contudo algumas das situações são demasiado gratuitas, outras demasiado caricaturais, o que acaba por ferir o objectivo "sério" do filme como se o realizador tentasse criar a Bíblia da angústia adolescente para a geração dos 90's, mas ficasse a meio caminho da sua pretensão. Mesmo assim, um filme a ver!!




Género: Drama. 

Fotografia: Côr.

País: Canadá / E.U.A.

Duração: 102 minutos.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=MuhHPQxS2nQ

Classificação: 7/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.

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