Translate

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

El Condor (1970)

"O Tesouro de El Condor" de John Guillermin com Jim Brown, Lee Van Cleef, Marianna Hill, Iron Eyes Cody, Elisha Cook Jr., Gustavo Rojo, Imogen Hassall, Julio Peña & Patrick O'Neal.

Luke (Jim Brown), escapa da Penitenciária e procura Jaroo (Lee Van Cleef), um pomposo prospector de ouro, ligado à tribo dos Apaches. O plano de Luke é usar a influência de Jaroo para convencer os Apaches a tornarem-se o seu exército pessoal para marcharem sobre El Condor, uma fortaleza construída no meio do deserto que reza a lenda contém milhões em barras de ouro mexicano armazenadas na sua cave, protegida pelo renegado General Chavez (Patrick O'Neal). O plano inicial começa a sair fora dos trilhos, quando o General aparenta ser mais perspicaz do que os dois aventureiros pensavam, ao mesmo tempo que Luke se começa a interessar pela amante de Chavez, a bela Claudine (Marianna Hill) e Jaroo se deixa dominar pela ganância da "febre do ouro"...




Com o sucesso da "Dollars Trilogy" ('64 - '66) de Sergio Leone que colocou o western spaghetti no mapa dos sub-géneros mais rentáveis de finais dos anos 60 e que transformou Clint Eastwood numa estrela de lista A em ambos os lados do Atlântico, 






Lee Van Cleef como Jaroo

o seu co-protagonista dos dois últimos filmes, o carismático Lee Van Cleef tornou-se bastante requisitado para inúmeras co-produções italianas de série-B, 










bem como dos grandes estúdios de Hollywood que ironicamente seguindo a nova tendência do êxito destas películas de baixo orçamento que por não terem dinheiro para filmarem na América, transformariam a região de Almeria no Sul de Espanha numa mini-Hollywood para este género de produções, começaram a produzir os seus próprios westerns americanos nessa região, dando-lhe um visual e vibe "spaghetti", embora menos realistas e mais requintados devido ao dinheiro envolvido. 




Jim Brown como Luke

"El Condor", distribuído pela Warner Bros., surge na senda do êxito de "MacKenna's Gold" ('69) que uniu o western mais sombrio e violento, adaptando-se à explosão do novo género europeu, com a aventura épica de parceiros pouco prováveis unidos em busca de um tesouro incalculável. 








Contudo, esta obra de John Guillermin (o futuro realizador do épico-catástrofe "The Towering Inferno" de '74), apesar de todo o ambiente de apelo à aventura; a panorâmica cinematografia clássica em Technicolor 









e a soberba trilha sonora de Maurice Jarre que estabelece a disposição para o filme durante a sequência dos créditos iniciais na linha de um "The Comancheros" ('61), acaba por incidir demasiado na comédia para o seu próprio bem, 










oferecendo-nos um conjunto de situações caricatas parecendo saídas de uma banda desenhada de Lucky Luke (como a expulsão dos dois aventureiros da cidade envoltos em piche e penas ou o desafio de Luke a Jaroo, que o logra para que este lute com o Bravo número 1 da tribo em vez dele), 




Marianna Hill como Claudine

mas ao mesmo tempo atreve-se a mostrar-nos cenas frontais de nu integral das belas e voluptuosas actrizes Imogen Hassall e Marianna Hill que o classificaram automaticamente como um filme para adultos. 








Jim Brown, o afro-americano ex-estrela de futebol tornado actor como um dos condenados à morte em "The Dirty Dozen" ('67) e alcançando o estatuto de protagonista com "100 Rifles" ('69), 







Cameo de Elisha Cook Jr. como o velho presidiário

interpreta um dos primeiros heróis negros no começo de uma década cuja blaxploitation sairia das salas de cinema grindhouse para o cinema legítimo, 












auxiliado por um Lee Van Cleef, aqui promovido a alívio cómico do filme, incorporando elementos da performance do seu colega Eli Wallach como Tuco no clássico "The Good, The Bad and The Ugly" ('66). 












Brown comanda uma interpretação de herói canastrão, duro e robusto de modo competente, mas falta-lhe técnicas de representação e sobretudo aquele carisma de actor principal para conseguir carregar um filme aos ombros. 







Van Cleef, um veterano do género e apesar do trabalho ingrato de co-protagonizar estando o foco inteiramente em Brown, rouba cada cena em que aparece como o alcoólico e ganancioso Jaroo e mesmo não estando na sua zona de conforto actuando como o "sério" e implacável assassino sem remorsos, é notório o divertimento do actor em cena a representar um tipo de papel mais descontraído e ligeiro. 





A sequência de interacção entre Van Cleef e a pequena criança na aldeia é muito bem encenada e interpretada pelo bastante subestimado actor de quem Hollywood nunca soube dar o valor devido. 








Patrick O'Neal como o General Chavez

Patrick O'Neal oferece-nos um elegante vilão na forma de um General mexicano renegado que protege a sua fortaleza e os segredos que residem nela a todo o custo.











O guião não faz assim muito sentido, estando repleto de pontas-soltas e algumas falhas de continuidade, devido a ter sido reescrito pelo então jovem Larry Cohen (futuro criador da franchise "Maniac Cop" iniciada em '88) segundo a história original de Steven W.Carabatsos, quando os produtores resolveram que o orçamento investido na construção da gigantesca fortaleza no deserto de Almeria, devia dar frutos, alterando toda a acção para incidir mais nas situações relacionadas com o forte. 





A título de curiosidade, esta fortaleza serviria como local de filmagens para diversos outros filmes, incluindo "A Reason to Live, a Reason to Die" ('72) ou o clássico de culto de John Millius "Conan the Barbarian" ('82).









Em suma, "El Condor" é um western de aventuras que fica muito aquém das suas principais influências como os já mencionados "Dollars Trilogy" e "MacKenna's Gold" ou o supra-sumo de inspiração para todo um ambiente e visual euro-western "Vera Cruz" ('54), 







mas possui um certo charme no seu lado de acção ligeiro e divertido, tendo ele próprio aberto caminho para o "buddy flick" que conheceria o seu apogeu nos anos 80, bem como algumas sequências deste filme foram recicladas por algumas das pérolas dessa década







como "The Jewell of the Nile" ('85) ou "Firewalker" ('86), com este último a ser bastante semelhante a nível de enredo, ritmo, visual e personagens. Recomendado para uma sessão da tarde de western à moda antiga!!









Género: Acção / Aventura / Western / Comédia. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 102 minutos.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=eKGF4rnlZYU

Classificação: 7.5/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.

In the Line of Fire (1993)

"Na Linha de Fogo" de Wolfgang Petersen com Clint Eastwood, John Malkovich, Rene Russo, Dylan McDermott, Gary Cole, Fred Dalton Thompson, Gregory Alan Williams, Jim Curley, Tobin Bell, John Heard, Steve Railsback & John Mahoney.

Frank Horrigan (Clint Eastwood) é um agente dos serviços secretos de 62 anos que vive amargurado desde 22 de Novembro de '63, quando falhou em proteger o Presidente John Fitzgerald Kennedy na fatídica manhã em Dallas. Na actualidade, o ex-operativo da C.I.A. especializado em assassinatos, Mitch Leary (John Malkovich) planeia assassinar o Presidente durante a campanha para a reeleição, estabelecendo uma relação telefónica com Horrigan, seguindo-lhe os passos e informando-o do que pretende fazer, como forma de vingança contra a C.I.A. que o treinou, dispensou e que depois pretendeu silenciá-lo. Perante a ameaça eminente, Frank recorre ao amigo Sam Campagna (John Mahoney) para o incorporar de novo como um dos guarda-costas do Presidente, conhecendo a agente feminina Lilly Raines (Rene Russo) que se começa a interessar por ele e o arrogante Bill Watts (Gary Cole) que não o acha competente para o serviço. Disposto a não perder um segundo Presidente na sua carreira, Horrigan iniciará um jogo do gato e do rato com o assassino nas sombras que lhe poderá custar a reputação ou a vida...



Clint Eastwood como o Agente Frank Horrigan

No mesmo ano em que o seu "Unforgiven" venceu 4 Oscares da Academia, incluindo Melhor Filme e Realizador e lançou um dos seus mais subestimados registos como director com "A Perfect World", 




Dylan McDermott como Al D'Andrea

Clint Eastwood protagonizou este thriller policial de espionagem em efeito sanduíche entre os dois citados. 








Com o realizador alemão Wolfgang Petersen ("Das Boot" de '80, tornando-se "americanizado" com "Shattered", 2 anos antes) escolhido a dedo e produzido pelo usual colaborador de Eastwood, David Valdes para a Castle Rock Entertainment, "In the Line of Fire" partiu de um guião de Jeff Maguire, 




que há 10 anos circulava por Hollywood, até Clint se interessar pelo projecto e aceitar participar só como actor, como forma de descontrair depois da rodagem de "Unforgiven". 






O visual do filme é sofisticado e elegante, assim como a frenética edição de imagem que lhe dá um ritmo enérgico e desenvolto, proporcionando bons momentos de tensão e intriga através da direcção segura de Petersen, controlada de perto por Eastwood, pois é notório no produto final a influência dos dois cineastas. 




John Malkovich como Mitch Leary

O argumento pisca o olho ao célebre filme inglês "The Day of the Jackal" ('73), tendo sido alvo de um remake pouco feliz em '97, 






especialmente na parte do assassino implacável e os seus múltiplos disfarces e a trama em torno dos dedicados guarda-costas, 








não foge ao estigma de capitalizar sobre o enorme sucesso do "The Bodyguard" com Kevin Costner e Whitney Houston, estreado 1 ano antes. 







Apesar de conciso, estruturalmente competente e pejado de bons diálogos, este guião que acabou sendo nomeado para o Oscar de Melhor Argumento Original em '94, acaba por entrar demasiado nos estereótipos e lugares-comuns já por diversas vezes vistos, como o parceiro novato que desde a sua entrada em cena, é estritamente óbvio que vai morrer; 




a única personagem feminina da trama e dos serviços secretos do Presidente que acaba por se apaixonar pelo agente regressado ao serviço cerca de 30 anos mais velho ou o arrogante agente "hot shot" cuja sua principal função no filme é oferecer o lado implicativo contra o nosso protagonista. 





Contudo, Clint Eastwood raramente desilude quando carrega um filme nos ombros, assegurando aqui uma das suas melhores performances dos anos 90 como o amargurado Frank Horrigan, um agente de terceira idade que volta ao activo para se redimir por ter falhado em reagir perante o primeiro disparo contra Kennedy, 




auxiliado por um repleto de maneirismos John Malkovich, que tem duas grandes cenas de destaque ao telefone com o personagem de Eastwood, levando-o a ser nomeado ao Oscar de Melhor Actor Secundário 








Rene Russo como a Agente Lilly Raines

e pela bela Rene Russo, parecendo saída do set de "Lethal Weapon 3" ('92) directamente para aqui, interpretando um papel algo similar ao de Lorna Cole no citado. 






Harry Sargent (Fred Dalton Thompson)

No capítulo dos secundários, diversos veteranos actores de personagens-tipo como John Mahoney, Fred Dalton Thompson, John Heard ou Steve Railsback reforçam a trama em papéis mais do que habituados a interpretarem em cena. 




Agente Bill Watts (Gary Cole)

Gary Cole e Dylan McDermott são desperdiçados como o agente embirrento e o derradeiro parceiro de Horrigan.








Especial destaque para a trilha sonora do exímio Maestro Ennio Morricone, novamente a trabalhar com Eastwood, dando aquele toque dramático como pano de fundo à intriga e conspiração do enredo.





Em suma, "In the Line of Fire" é o filme ideal para uma sessão da tarde, entregando-nos um thriller de acção recheado de momentos emocionantes, mas nada de tão profundo como uma certa crítica da altura entendeu ser, 





pautando-se mesmo assim por um rigor visual distinto e sobretudo pelo realismo na discrição dos guarda-costas pessoais do Presidente dos E.U.A. no exercício da sua função, 








tendo a produção recorrido a verdadeiros agentes para actuarem no set como consultantes, acentuando assim o lado realista destes temerários seres que não pestanejariam a levarem com uma bala para protegerem o seu chefe máximo...



Género: Thriller / Acção / Crime / Drama. 

Fotografia: Côr.

País: E.U.A.

Duração: 128 minutos.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=aWemepbqFPI

Classificação: 8/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

The Lost Continent a.k.a. The People of Abrimes (1968)

"O Continente Esquecido" de Michael Carreras (& Leslie Norman) com Eric Porter, Hildegarde Knef, Suzanna Leigh, Tony Beckley, Nigel Stock, Neil McCallum, Benito Carruthers, Jimmy Hanley, James Cossins, Dana Gillespie, Michael Ripper, Darryl Read & Eddie Powell.

O Transatlântico Corita parte de Freetown na Serra da Leoa em direcção a Caracas, sob a liderança do Capitão Lansen (Eric Porter), fugindo às inspecções alfandegárias devido a uma carga de explosivos que leva ilegalmente no porão e um grupo de passageiros pouco ortodoxos que pretendem deixar a cidade sem serem vistos. Quando são informados de condições atmosféricas adversas, o Capitão ordena ao Primeiro Imediato Hemmings (Neil McCallum) que reúna os passageiros e que os mesmos decidam se querem voltar a Freetown, a que todos recusam apesar do perigo, mas depois de o porão alagar e com a eminente descarga dos explosivos, grande parte da tripulação amotina-se e abandonam o Corita. Para fugirem ao mau tempo, o Capitão traça uma rota alternativa pelo Mar dos Sargaços, perdendo-se no nevoeiro e indo desembocar a uma estranha ilha, rodeada de algas comedoras-de-homens e habitada por uma raça de monstruosos caranguejos gigantes e um grupo de descendentes de conquistadores espanhóis perdidos no tempo que pensam que a Inquisição ainda existe...




União da americana Seven Arts Productions com a lendária Hammer Films inglesa, "The Lost Continent" é um épico de aventuras de fantasia e horror de baixo-orçamento, segundo um guião de Michael Carreras, 








baseado na novela de Dennis Wheatley "The Uncharted Seas" lançada em '38, que também produziu e tomou as rédeas da direcção, após a desistência do realizador original Leslie Norman. 












Considerado uma das mais infames obras saída do Universo da Hammer, devido à sua pouco convencional estrutura do enredo e a uns efeitos especiais e de caracterização já datados para a altura, 







é apesar disso um dos seus filmes mais imaginativos e fora do comum, pautando-se por um incrível visual surrealista e conceptual e sobretudo, por todo um conjunto pleno de criatividade.








A história parte do lado verídico do Mar dos Sargaços, nome dado pelos marinheiros portugueses durante os Descobrimentos, sobre uma região marítima alongada no meio do Atlântico Norte, 







cercada por fortes correntes oceânicas e contendo milhares de algas à sua superfície que retardavam o avanço dos navios e devido à total ausência de vento, era comum diversas embarcações encalharem e desaparecerem no Oceano. 






Com a proximidade ao Triângulo das Bermudas, diversas lendas surgiram sobre a possibilidade de monstros marítimos naquela área, tornando-se o Mar dos Sargaços conhecido como um cemitério de navios. 











Michael Carreras constrói assim a sua epopeia dividindo o filme em 3 partes distintas, começando como uma espécie de "Love Boat" em ácidos, com um grupo de personagens que roçam a histeria colectiva, 








Eric Porter como o Capitão Lansen

envolvidos em situações controversas como um médico de conduta profissional bastante duvidosa e a sua ninfomaníaca filha ou um vigarista alcoólico em fase de transição, liderados por um duro e rude Lobo do Mar que pretende infligir a Lei para ter dinheiro para se aposentar.





Com o naufrágio eminente devido a todas as situações adversas, a obra toma um rumo de filme-catástrofe que se tornaria popular na década seguinte, especialmente com "The Poseidon Adventure" ('72), tomando contornos em seguida de um "survival movie" com a restante tripulação a lutar pela sobrevivência a bordo de um pequeno bote, 





culminando numa das mais estranhas reviravoltas de sempre, quando o grupo encontra a ilha misteriosa e a obra se transforma numa alucinante fantasia surreal envolvendo monstruosos caranguejos gigantes, espessas algas vivas que se alimentam de carne humana 




El Supremo (Darryl Read) e o Grande Inquisidor (Eddie Powell)

e um grupo de descendentes de conquistadores espanhóis, liderados por uma criança que se auto-intitula o El Supremo sobre a influência de um tirânico Grande Inquisidor, que vivem como se ainda estivessem no século XV. 







Tyler (Tony Beckley), Nick (James Cossins), Patrick (Jimmy Hanley)

A súbita e surpreendente mudança de género influenciou diversos outros filmes sendo "From Dusk Till Dawn", dirigido por Robert Rodriguez em '96, um dos mais notórios. 









No capítulo das performances, o papel do Capitão Lansen e do Grande Inquisidor foram feitos à medida para os dois mais famosos actores regulares da Hammer: Peter Cushing e Christopher Lee, que por motivos alheios acabaram por não participar na película sendo substituídos por Eric Porter, firme e decidido na pele do Capitão 





e Eddie Powell, um dos duplos por detrás dos futuros "Alien" ('79) e a sua sequela, no pequeno mas marcante papel do Grande Inquisidor. 










Suzanna Leigh como Unity Webster

A belíssima e estonteante Suzanna Leigh rouba cada cena em que aparece como a ninfomaníaca Unity Webster, mas a sua personagem acaba por perder o foco no III Acto quando a voluptuosa Dana Gillespie que interpreta Sarah, uma das nativas da ilha, surge na trama.





Com um lado artístico soberbo dado o orçamento, com especial destaque para a construção dos cenários, o guarda-roupa e a intensa cinematografia de Paul Beeson em tons de sépia que tornam o conjunto visualmente alucinante, 







esta obra ainda se torna mais excêntrica ao colocar nos créditos iniciais um tema do trio pop inglês The Peddlers, numa tentativa desnecessária de introduzir um lado kitsch num género que não lhe era pedido.









Em suma, "The Lost Continent" é uma viagem bizarra a um universo fantástico e aberrante de uma das melhores produtoras de cinema do género, em que efeitos especiais cheesy q.b. encontram um "monster movie" 








numa narrativa imersa num mundo dos sonhos como se um Terry Gilliam filmasse um "Moby Dick" com "Mutiny on the Bounty" e o sub-género "death cult" à mistura, regado com o imaginário dos clássicos da literatura de Júlio Verne como "The Mysterious Island" e aquele peculiar toque teatral sinistro característico da Hammer Films. Recomendado!!



Género: Aventura / Fantasia / Horror / Ficção Científica. 

Fotografia: Côr.

País: Inglaterra.

Duração: 89 minutos.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-QU_vvHKuyQ

Classificação: 8/10.

Reviewer: @ Nuno Traumas.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...