"A Jóia do Nilo" de Lewis Teague com Michael Douglas, Kathleen Turner, Danny DeVito, Spiros Focás, Avner Eisenberg, The Flying Karamazov Brothers & Holland Taylor.
Depois de comprarem o iate dos seus sonhos com o dinheiro da esmeralda do filme anterior, Jack Colton (Michael Douglas) e Joan Wilder (Kathleen Turner) encontram-se numa viagem à volta do Mundo. Joan começa a ter um bloqueio de inspiração na escrita do seu próximo romance, culpando o estilo de vida boémio de Jack, aceitando assim o convite de um poderoso Sheik, Omar (Spiros Focás) para viajar para o seu Reino e ser a biógrafa na sua demanda de juntar em paz todas as tribos do Nilo. Só que Omar revela-se um malévolo ditador que raptou a "Jóia do Nilo" (Avner Eisenberg), um homem sagrado para o povo e pretende auto-proclamar-se pela força o Senhor de toda a região. Quando os soldados de Omar tentam matar Jack, este apercebe-se que a sua amada Joan poderá estar em perigo e unindo-se ao vigarista Ralph (Danny DeVito) lança-se no encalço dela, onde emocionantes aventuras esperarão novamente este divertido trio desta vez nas margens do rio Nilo...
Jack & Joan regressam |
Com o sucesso-surpresa de "Romancing the Stone", o Estúdio pressionou de imediato o produtor Michael Douglas para uma sequela que estrearia logo no ano a seguir, mas ao contrário da genialidade do primeiro filme, este "The Jewel of the Nile" sofre de alguns problemas ao ponto da actriz principal Kathleen Turner ciente deles ter tentado rescindir a sua participação, mas estava contractualmente obrigada a fazê-lo devido a uma cláusula assinada para o antecessor.
O vilão Omar (Spiros Focás) |
O realizador do filme original Robert Zemeckis entretanto ocupado a dirigir o futuro mega-sucesso "Back to the Future", rejeitou dirigir a sequela entrando então o tarefeiro realizador Lewis Teague, que apesar de competente no cinema de puro escape cinematográfico, não possui o mesmo toque de génio do antecessor para dar vida a uma sequela à altura.
Não culpando inteiramente Teague do produto final, o guião nota-se que foi escrito à pressa e sujeito a diversas alterações por um grupo de guionistas que após a morte da escritora de "Romancing the Stone", Diane Thomas (este filme é-lhe dedicado) quiseram continuar as aventuras de Joan Wilder e Jack Colton, sendo pressionados pelo Estúdio que queriam a sequela fora do forno rapidamente para capitalizarem sobre o sucesso do primeiro filme.
O trio reencontra-se |
"Romancing the Stone" foi algo de mágico e repleto de charme natural que resultou bem como filme único e daí todo o seu merecido êxito, ao passo que esta sequela soa a intensamente rebuscada como a inclusão de Ralph que de vilão do primeiro filme, passa a amigo do peito de Jack em menos de 5 minutos em cena-
O principal problema desta sequela talvez resida no facto que depois dos eventos do primeiro filme onde os personagens aprenderam com as situações e mudaram as suas maneiras de ser encontrando a felicidade e o amor, simplesmente já não têm muito aonde ir depois disso, sem parecer demasiado forçado.
Contudo, se "The Jewel of the Nile" for visto como um filme de aventuras autónomo é empolgante, divertido e bem ritmado o suficiente para entreter o espectador.
A química entre Douglas e Turner (que entretanto iniciaram um romance na vida real) continua lá, bem como as deixas hilariantes de Douglas nas situações caricatas em que se vêm metidos e Danny DeVito prolonga o seu tempo em cena nesta sequela.
Ralph (Danny DeVito) entre os "Sufi" |
Por ser menos trabalhado que o primeiro filme, torna-se também mais descontraído e os actores aqui já completamente à vontade com os seus personagens, interpretam-nos por puro divertimento.
O casamento |
Em suma, apesar de inferior a "Romancing the Stone" para amantes de uma comédia de aventuras despretensiosa a transpirar anos 80, vale a pena o seu visionamento deste clássico de "Sessão da Tarde" e se comparado com os filmes de aventuras produzidos nos anos 2000, então é "ouro sobre azul".
Fotografia: Côr.
País: E.U.A.
Duração: 106 minutos.
Classificação: 7.5/10.
Reviewer: @ Nuno Traumas.
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