Um grupo de bandidos liderados por Calvera (Eli Wallach) aterrorizam, anualmente, uma pequena vila mexicana de agricultores levando-lhes todos os seus bens. O concílio da vila não aguentando mais a situação enviam três dos seus homens aos Estados Unidos para contratarem pistoleiros que os defendam.
Harry Luck (Brad Dexter), um ambicioso cowboy que pensa haver algo mais por detrás da contratação;
Britt (James Coburn), de poucas palavras, mas um às no arremesso da faca;
Bernardo O'Reilly (Charles Bronson), um mercenário reformado actualmente a fazer todo o tipo de trabalho físico em troca de comida;
Lee (Robert Vaughn), um outrora pistoleiro profissional actualmente procurado pela justiça e que vive no medo de ser descoberto
e finalmente o jovem e estouvado Chico (Horst Buchholz), que quer provar já estar à altura destes pistoleiros lendários.
Juntos partem para a pequena vila dispostos a enfrentarem o temível bando de 40 homens de Calvera, e com o passar do tempo, convivendo e ensinando os aldeões a defenderem-se, no que antes era somente pelo dinheiro, torna-se numa demanda pessoal para cada um dos Sete Magníficos...
Remake de "Shichinin no samurai" (também conhecido por "Seven Samurai") realizado em 1954 por Akira Kurosawa, "The Magnificent Seven" é uma obra-prima do western brilhantemente realizado por John Sturges e com uma trilha sonora inesquecível dirigida pelo Maestro Elmer Bernstein sendo, certamente, um dos melhores e mais emblemáticos westerns de sempre.
Servido de um grande elenco liderado pelo conceituado Yul Brynner, revelando Steve McQueen (vindo da série de TV "Wanted Dead or Alive"), James Coburn e Horst Buchholz e proporcionando a Charles Bronson e Robert Vaughn os seus primeiros papéis de relevo.
Eli Wallach (aqui 6 anos antes do seu memorável e quase semelhante papel como o truculento Tuco em "The Good, The Bad and The Ugly" de Sergio Leone) quase que rouba o filme para si na pele do Chefe dos Bandidos, Calvera.
Repleto de aventura, acção, drama, pequenos toques de humor e diálogos que ficarão para sempre na história do cinema, "The Magnificent Seven" é uma obra épica que invoca o heroísmo e a honra de fazer o que é correcto,
num tempo em que os valores morais ainda significavam alguma coisa provocando aquele sentimento de nostalgia e emoção no espectador dos grandes tempos áureos do cinema americano.
Estreado em 1960, antes do declínio do Western da velha escola em função do crescente sucesso do Euro-Western mais realista que explodiria em Itália alguns anos depois, é revisto como um marco do género
e um dos poucos remakes em que o realizador do filme original, neste caso o Mestre Akira Kurosawa que tendo apreciado e se comovido com o produto final,
presenteou o realizador John Sturges com uma espada-samurai, a honra máxima que um japonês poderia dar a um Ocidental.
Os 7 "on-set" |
Recomendado a fãs (ou não) de westerns, pois "The Magnificent Seven" transcende o próprio género como uma lição de vida, que nos faz pensar através das diversas crise existenciais e de moral de cada um dos 7 pistoleiros que apesar de personalidades e motivos diferentes quando se unem por uma causa justa, estarão dispostos a dar a vida por ela.
Mais vale morrer pela honra, do que viver sem ela. Mais vale lutar e ser morto, do que viver escondido.
E são estes valores que separam 7 comuns mortais dos 7 Magníficos...
Cartaz Alternativo |
Fotografia: Côr.
País: E.U.A.
Duração: 128 minutos.
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=bG-ZxrG7ht
Classificação: 10/10.
Reviewer: @ Nuno Traumas.
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